Atrito entre candidatos dificulta busca de Campello por transição no Vasco
Enquanto aguarda o julgamento da próxima quinta-feira (17) em relação às confusões do processo eleitoral do Vasco, o atual presidente do clube, Alexandre Campello, tem buscado iniciar uma transição, mesmo sem ainda saber qual será o próximo mandatário que assumirá o posto. O cenário incomum fez com que o dirigente se reunisse individualmente com os candidatos que brigam judicialmente, mas a falta de diálogo entre os presidenciáveis Jorge Salgado e Leven Siano dificulta a passagem de bastão, visto que o seu mandato se encerra em 15 de janeiro.
A primeira reunião foi na última terça-feira (8) com Jorge Salgado. Tanto o líder da chapa "Mais Vasco" quanto Campello trataram o encontro como positivo. Os principais pontos debatidos foram questões financeiras e jurídicas. Do atual mandatário, Salgado ouviu a promessa de que o clube estará de portas abertas para ceder informações que sua equipe necessitar.
Ontem, foi a vez de Campello se reunir com Leven Siano e seus executivos. O líder da chapa "Somamos", que já havia se manifestado contrário à proposta de uma nova eleição - também saiu satisfeito do encontro e solicitou relatórios. O UOL Esporte tinha proposto à sua assessoria, na última terça, uma entrevista após esta reunião, mas até o fechamento desta reportagem a solicitação não foi atendida.
Apesar de propor uma trégua, Salgado rechaçou a ideia de trabalhar em conjunto com Leven até o julgamento do próximo dia 17.
"O trabalho em conjunto com a equipe dele, não. O que me disponho a conversar com ele é a proposta de uma nova eleição e parar com as ações na Justiça", declarou na última terça ao UOL Esporte.
Campello não insere futebol na transição
Uma ressalva que Alexandre Campello fez aos dois candidatos foi em relação ao futebol, tema que não foi inserido no processo transitório. O atual presidente prefere manter até o fim de seu mandato o total gerenciamento da pasta em conjunto com o vice-presidente, José Luiz Moreira, e com o diretor-executivo, André Mazzuco.
Tal assunto já rendeu atritos entre o mandatário e Leven Siano tanto na campanha quanto após as eleições.
Meses atrás, Campello já havia se irritado quando Leven anunciou estar fechado com o marfinense Yayá Touré, algo que acabou não se concretizando. Mais recentemente, Siano voltou a incomodar o dirigente ao se reunir com o empresário do meia Martín Benítez para tratar de uma possível renovação de contrato e também por anunciar a possibilidade de contratação do atacante italiano Mario Balotelli, que acertou esta semana com o Monza (ITA).
Em campo, o Vasco segue mal das pernas, se encontra na zona de rebaixamento e tenta fugir daquela que pode ser sua quarta queda à Série B.
O que representa o julgamento do dia 17?
O julgamento do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) promete ser um ponto final na batalha judicial que se tornou a escolha do novo presidente do Vasco. Houve duas eleições, uma em 7 de novembro, de forma presencial, em São Januário, e uma dia 14, de maneira on-line. A primeira — com uma contagem controversa =- apontou Leven Siano, da chapa "Somamos", com mais votos, e a segunda, indicou Jorge Salgado, da "Mais Vasco", como vencedor.
O pleito do dia 7 aconteceu após decisão do desembargador Camilo Ribeiro Ruliére, na noite anterior. Porém, faltando cerca de duas horas para o fim da votação no ginásio vascaíno, uma movimentação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o evento.
Diante da decisão judicial e em meio a idas e vindas sobre a continuidade da votação, as chapas "No Rumo Certo", de Alexandre Campello, "Mais Vasco", de Jorge Salgado, e "Sempre Vasco", de Julio Brant, se retiraram do pleito. Já a "Somamos" e a "Aqui é Vasco", de Sergio Frias, permaneceram e realizaram a apuração mesmo sem o presidente da Assembleia Geral e os fiscais dos outros grupos. Na contagem, Leven Siano foi apontado com mais votos.
No dia 14, após novas movimentações judiciais, houve outra eleição, desta vez de maneira on-line e somente entre "Mais Vasco" e "Sempre Vasco", já que Leven Siano e Sérgio Frias se recusaram a participar e Alexandre Campello retirou sua candidatura. Nela, Jorge Salgado foi apontado como vencedor.
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