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Palmeiras: Conmebol divulga áudio do VAR e ignora suposta agressão a Veiga

Rony, caído no gramado do Defensores del Chaco, foi protagonista de lance contestado pelo Palmeiras - Nathalia Aguilar - Pool/Getty Images
Rony, caído no gramado do Defensores del Chaco, foi protagonista de lance contestado pelo Palmeiras Imagem: Nathalia Aguilar - Pool/Getty Images

Gabriela Chabatura

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/12/2020 13h05

A Conmebol divulgou hoje (10) os áudios de revisão do VAR na partida entre Libertad e Palmeiras, pelo primeiro confronto das quartas de final da Copa Libertadores. Lance que gerou reclamação dos palmeirenses, o tapa em Raphael Veiga foi ignorado pela entidade e não é mencionado no conteúdo das análises.

O lance em questão aconteceu aos nove minutos da segunda etapa, quando Veiga ficou caído no gramado reclamando de agressão do volante Cáceres. O jogador do Libertad já tinha cartão amarelo e poderia ter sido expulso caso o árbitro argentino Fernando Rapallini tivesse aplicado uma punição. Com o jogo em andamento, o lance também não foi checado pelo VAR.

Outra interpretação controversa dos assistentes de vídeo diz a respeito do lance que teria originado um pênalti em Rony, no início do jogo. De acordo com o áudio divulgado, Rapallini entende que houve "choque normal" e, na revisão da cabine do VAR, um dos profissionais afirma: "Fernando, o que eu vejo é que o defensor tem os braços abertos e o atacante (Rony) vai em direção ao braço. Há um contato do braço com a cara dele, naturalmente".

A partir deste diálogo, Rapallini decide olhar o vídeo para ter ângulos melhores da jogada e decide: "Já analisei o contato, abre os braços. Mauro, desculpe-me, já está a decisão tomada. Reinicio o jogo e mantenho a minha decisão".

Na entrevista coletiva após o empate, o auxiliar técnico João Martins criticou a arbitragem e contestou a decisão do pênalti em Rony. O treinador Abel Ferreira estava fora de ação, por conta da covid-19.

"Nós viemos alertados do tipo de jogo do adversário. Muito duelo e muita agressividade. Houve algumas ações que, se fosse para nós, não tinham sido marcadas e para eles foi mais fácil. Mas passou. Vamos continuar trabalhando", disse Martins.

No momento do lance, em campo, Rapallini afirma que viu um "choque normal". No mesmo instante, é iniciada na cabine do VAR a revisão do lance. A decisão então é comunicada a Rapallini, que pergunta: "Quer que eu veja para que fique tranquilo?". "Se quer ver, faça o sinal, venha e te dou os melhores ângulos", responde o VAR. O juiz de campo, então, segue para a cabine para rever o suposto pênalti.

A outra jogada divulgada pela Conmebol foi a revisão de um possível toque de mão na bola de Luan, já nos acréscimos da etapa final, o que provocaria um pênalti a favor dos donos da casa. Ainda com a bola rolando, o árbitro sinaliza para os assistentes que enxergou o toque nas costas do zagueiro, e o VAR endossa a deliberação dizendo que "não é mão, porque ela está colada ao corpo".

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