Inter escolhe futuro presidente em eleição mais quente dos últimos anos
A partir das 10h desde terça-feira (15), os 65.206 sócios do Internacional aptos para a eleição começam a escolher o novo presidente do clube para os próximos três anos. Mas antes que o primeiro voto seja computado, uma sequência de disputa pública e de bastidores tomou o Colorado. No pleito mais quente dos últimos anos houve espaço para liminar, impugnação de candidatura, trocas de candidato e muita discussão.
Até às 17h (de Brasília), os associados podem fazer suas opções por dois meios. O site oficial das eleições e o aplicativo do Inter. Além de escolherem o Conselho de Gestão, também votam para renovar 150 cadeiras no Conselho Deliberativo.
Para presidência, a Chapa 3 (Reage Inter) é representada por José Aquino Flôres de Camargo. Os vice-presidentes são: Eduardo Hausen, Luciana Gomes, Ubaldo Flôres e Léo Centeno Júnior.
A Chapa 5 (O Inter Pode Mais) tem Alessandro Barcellos como candidato à presidência. Os vices são: Dannie Dubin, Arthur Caleffi, Luiz Carlos Bortolini e Humberto Busnello.
Para eleição no Conselho Deliberativo são 11 chapas inscritas e o processo é proporcional. O percentual de votos de cada uma indicará a quantidade de cadeiras ocupadas por elas.
Clima quente nos bastidores
A polarização da torcida do Inter não é nova. O tema, porém, tomou proporção ainda maior desde a saída do treinador argentino Eduardo Coudet do comando. As críticas à direção atual transformaram o ambiente do clube e afastaram a chance de permanência da situação no comando.
Tanto que o candidato apoiado pelo atual presidente, Marcelo Medeiros, sequer passou para o segundo turno do pleito.
A disputa, ao contrário de eleições recentes, é imprevisível. Os dois candidatos que disputam o cargo máximo do clube têm argumentos para crer que podem terminar o dia como novo presidente vermelho.
Candidatura impugnada e liminar na Justiça
O debate, mesmo forte, era apenas no campo das ideias até a última semana. Foi quando um caso de suposto vazamento de dados de associados e uso irregular deles mudou o andamento do pleito. A candidatura da Chapa 3 foi cassada através de recurso na Comissão Eleitoral e Aquino ficaria alijado da concorrência.
Guinther Spode, terceiro colocado no primeiro turno — restrito ao Conselho Deliberativo — chegou a ser oficializado como concorrente de Barcellos. Em seguida, abriu mão da candidatura, colocando o quarto colocado, Cristiano Pilla, como candidato.
Mas a Chapa 3 buscou uma liminar na Justiça comum e conseguiu reverter a impugnação de sua candidatura. Desta forma, foi reconduzida ao processo eleitoral. O departamento jurídico do clube, que seria responsável por defender a decisão da Comissão Eleitoral, indicou que não deve tentar derrubar a liminar.
Expectativa de participação
Com tanta disputa — pública e de bastidores —, a expectativa é que esta eleição bata recorde de participação. Na última, pouco mais de 16 mil sócios votaram. A esperança é que o debate acalorado e a facilidade de participação atraia mais aficionados a participar do processo.
A tendência é que em até uma hora após o encerramento da eleição, o torcedor do Inter conheça o futuro presidente do clube, que comandará o Internacional no triênio 2021/2022/2023.
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