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Tupãzinho diz que Corinthians de 1990 não 'tinha ideia de título'

Mauro e Tupãzinho se abraçam ao celebrar gol do Corinthians em 1990 - Jorge Araújo/Folhapress
Mauro e Tupãzinho se abraçam ao celebrar gol do Corinthians em 1990 Imagem: Jorge Araújo/Folhapress

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/12/2020 10h56

Ex-atacante do Corinthians e autor do gol do título brasileiro de 1990 - que completa 30 anos hoje -, Tupãzinho afirmou que o clube paulista não entrou naquela competição com muitas pretensões. O ex-jogador contou que o time foi montado apenas para não cair para a segunda divisão.

Tupãzinho contou que, ao longo da competição, com o relativo sucesso alcançado, o elenco passou a pensar em uma vaga nas quartas de final - obtida apenas na última rodada com uma combinação de resultados. A ideia de conquistar a competição só veio após a classificação sobre o favorito Atlético-MG.

"Mas a gente não tinha ideia de ser campeão. Tínhamos time para não cair, com elenco reduzido. Mas começamos a crescer no campeonato e a gente queria era classificar entre os oito", disse em entrevista ao site da ESPN Brasil.

"E quase que não classificamos porque perdemos o último jogo para o Internacional, no Pacaembu, e depois com resultado de outros clubes acabamos classificando. Dali começou a euforia para tirar o Atlético-MG, que era favorito. E quando eliminamos o Atlético-MG sentimos que dava para chegar mais longe", continuou.

Talismã da Fiel e torcedores confusos

Em sua passagem pelo Corinthians, Tupãzinho ficou conhecido como 'Talismã da Fiel', apelido que ganhou por resolver alguns jogos após sair do banco de reservas.

O ex-atacante disse, inclusive, que esse é um erro comum que os torcedores do Corinthians cometem ao falar da final de 1990 - jogo contra o São Paulo, vencido por 1 a 0: muitos acreditam que ele saiu do banco e fez o gol. Na verdade, Tupãzinho foi titular do time alvinegro durante toda a campanha.

"Nunca passou pela minha cabeça que eu ia fazer o gol. Eu marcava mais, deixava o Neto na minha frente e o Fabinho pela beirada. Jamais esperava fazer o gol da final. (...) Só depois que saí do jogo, daquela euforia toda, que a torcida invadiu o Morumbi e eu sai só de sunga, foi que caiu a ficha", disse.

"Até hoje sou reconhecido pelo gol que fiz na final, mas muitos lembram de mim como o Talismã da Fiel. Os caras ainda pensam que eu entrei naquele jogo, que eu fiz o gol no segundo tempo saindo do banco, mas eu era o titular", completou.