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Agente cobra R$ 2,3 mi do Cruzeiro por contratos de Thiago Neves e Digão

Thiago Neves e Digão são agenciados pela mesma empresa, a Fatto Gestão Ltda - Vinnícius Silva/Cruzeiro
Thiago Neves e Digão são agenciados pela mesma empresa, a Fatto Gestão Ltda Imagem: Vinnícius Silva/Cruzeiro

Guilherme Piu

Do UOL, em Belo Horizonte

17/12/2020 04h00

As péssimas gestões do Cruzeiro ao longo dos anos deixaram o clube num cenário de dívidas e acúmulo de ações na Justiça. E, justamente, mais dois processos se tornaram problema para o departamento jurídico. Dessa vez, o empresário que agencia as carreiras do zagueiro Digão e do meia Thiago Neves que cobra cerca de R$ 2,3 milhões pela falta de pagamento de comissões pelas assinaturas de contrato da dupla, em 2017 e 2019, respectivamente.

O UOL Esporte teve acesso ao conteúdo das duas ações monitórias de cobrança. A que envolve Thiago Neves corre na 33ª Vara Cível de Belo Horizonte e a de Digão na 8ª Vara Cível, também na capital mineira.

Thiago Neves

Na ação que cita o contrato do meia Thiago Neves com o Cruzeiro, a Fatto Gestão de Carreiras Ltda, empresa do agente do jogador, cobra R$ 1.776.818,97 por prestação de serviços de assessoria e comissão na renovação de contrato do camisa 10.

Para renovar com o atleta em 2019, o Cruzeiro precisou renegociar uma dívida antiga. O escritório de advocacia contratado pela empresa que agencia a carreira de Thiago Neves, hoje no Sport Recife, alega na petição que o time mineiro tinha pendências de R$ 1.216.000,00 com a Fatto Gestão Ltda. ainda pelo contrato firmado em 2017. Além disso, o montante foi renegociado em 5 de janeiro daquele ano, mas apenas a primeira parcela, no valor de R$ 400 mil, foi quitada, ficando pendentes 20 parcelas de R$ 40,8 mil.

A repactuação da dívida para a renovação de TN10 no ano passado gerou novo acordo dividido da seguinte forma: R$ 104 mil, que seriam divididos em 20 parcelas de R$ 5,2 mil, a primeira vencendo em 14 de fevereiro de 2019 e as demais a cada dia 14 dos meses subsequentes. A partir deste ano um valor mais alto: R$ 832.000,00 divididos em mais 20 parcelas de R$ 41,6 mil — que deveriam ter sido pagas a partir de 20 de fevereiro, o que não aconteceu com essa e nem com outras 19 parcelas vincendas a cada dia 20 dos meses seguintes, de acordo com o processo.

Digão

O caso de Digão aponta cobrança judicial no valor final de R$ 502.789,30, já com juros e correções.

O Cruzeiro, em 17 de junho de 2017, acertou o pagamento de R$ 682.500,00 em 12 parcelas mensais de R$ 56.875,00 pela contratação do zagueiro, mas só pagou sete prestações, de acordo com a cobrança judicial da Fatto Gestão Ltda.

"Todavia, a Autora recebeu o pagamento de apenas 7 parcelas das 12 ajustadas, restando em aberto o montante de R$ 502.789,30 (quinhentos e dois mil setecentos e oitenta e nove reais e trinta centavos), correspondente às parcelas de número 08 (oito) a 12 (doze) deixadas em aberto, vencidas de 20/04/2018 a 20/08/2018", cita o documento.

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