Ex-atacante Guilherme celebra façanha do Marília em SP: "final histórica"

O Marília está de volta ao cenário nacional do futebol. O time comandado desde o início do ano pelo técnico Guilherme, ex-jogador de Atlético-MG e Corinthians, avançou ontem (16) à decisão da Copa Paulista depois de eliminar o XV de Piracicaba. O campeão do torneio poderá escolher entre disputar a Série D ou na Copa do Brasil - o vice fica com a vaga que sobrar.

"Nós, hoje, entramos na história do Marília Atlético Clube, o que é muito importante. O Marília volta ao cenário nacional depois de oito anos", disse o treinador em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

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A vaga veio mesmo após derrota em Piracicaba, por 1 a 0, uma vez que, no jogo de ida, o Marília venceu por 3 a 1 no estádio Bento de Abreu. Uma conquista que, no início da competição, era tratada como inesperada.

"A dificuldade foi que a gente havia combinado de não gastar na Copa Paulista. Era pra fazer de laboratório, principalmente os jogadores mais novos. Não contratamos jogadores experientes. Logicamente num grupo de quatro e classificando três, nós tínhamos a responsabilidade de classificar, mas daí pra frente, com os adversários que nós pegamos, ninguém acreditava que nós chegaríamos", ressalta Guilherme.

"Pegamos o time campeão da A-3 [Velo Clube] nas oitavas e depois pegamos a Ferroviária, que é um time fortíssimo. Aí, quando ninguém mais acreditava que a gente podia dar um passo a mais - porque pegar um XV de Piracicaba que é um time de A-2, que vem sendo montado para subir para a A-1 -, conseguimos uma final que é histórica para o clube", acrescentou.

"E o fator mais importante foi a entrega dos atletas. A gente encaixou o time, mudei algumas peças do começo para o meio da competição e as coisas fluíram. Mas sem a luta e a entrega e a guerra que os caras estão fazendo jogo a jogo, a gente não chegaria, não", acrescentou.

Um dos melhores momentos da carreira

O próprio Guilherme classifica o seu momento atual como um dos melhores da carreira como treinador. Compara às passagens pelo Novorizontino e pelo Vila Nova, clubes onde mais teve sucesso até aqui.

"Acho que se equipara ao momento que tive no Novorizontino, em que tirei o time da A-3 e levei para a A-1, e depois fiz o Paulistão e mantive a equipe; e ao momento que tive no Vila Nova, em 2016, na Série B, pelas dificuldades que tínhamos que eram gigantescas, financeira e de elenco. Esse trabalho do Vila Nova, pra mim, foi um dos melhores que fiz. Escapamos do rebaixamento faltando seis ou sete rodadas. Mas é um dos melhores momentos da minha carreira, não tenha dúvida. Até porque estamos chegando na final com um time que era totalmente desacreditado. E nas semifinais é o único time da Série A...", destacou.

Série D ou Copa do Brasil?

Caso vença a decisão contra a Portuguesa, que eliminou o São Bernardo, o Marília poderá escolher entre disputar a Série D ou a Copa do Brasil. Segundo Guilherme, porém, essa decisão só será tomada mais para frente.

"Ainda não tem nada decidido. Quem passar, do outro lado a briga vai ser boa, bonita e grande. Estamos hoje saboreando essa decisão inédita para o clube e a volta ao cenário nacional. Mas nem pensamos nisso ainda", completou.