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Sette Câmara prevê valorização de 100% no valor das cadeiras da Arena MRV

Cativas da futura arena do Galo podem ser financiadas por linhas de créditos em bancos - Divulgação/Arena MRV
Cativas da futura arena do Galo podem ser financiadas por linhas de créditos em bancos Imagem: Divulgação/Arena MRV

Guilherme Piu e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte e São Paulo

19/12/2020 04h00

O Atlético-MG constrói um de seus maiores sonhos na região noroeste de Belo Horizonte, mais precisamente no bairro Califórnia, e vê ainda no canteiro de obras da Arena MRV, sua futura casa, a chance de uma mudança de patamar, técnico do ponto de vista esportivo, e financeiro.

O presidente Sérgio Sette Câmara, que deu o início às obras durante sua gestão, deposita fichas importantes nesse passo histórico nos 112 anos do Galo. E entregará ao xará Sérgio Batista Coelho a missão de inaugurar o estádio alvinegro, que tem previsão de ficar pronto em 2022 e custará algo em torno de R$ 560 milhões — dinheiro aportado pela MRV Engenharia, Banco BMG e venda de camarotes e cadeiras cativas.

E é justamente sobre essa comercialização de espaços na Arena MRV que o Sette Câmara aposta bastante. Para isso, aponta o poder de convencimento diante do torcedor, usando um time competitivo e forte para buscar títulos, e que teve aporto de quase R$ 200 milhões pelos mecenas que investem no departamento de futebol atleticano.

"Esse time [o atual comandado por Sampaoli] fez com que a gente tivesse retorno financeiro já, porque o Atlético já iniciou a venda de camarotes e cadeiras cativas. Nós já vendemos praticamente todos os camarotes, salvo engano, faltam três de 77, e já vendemos acho que um terço das cadeiras cativas, sendo que na hora que começar a subir os pilares e as paredes, você não tenha dúvida nenhuma que elas vão virar pó, né", disse Sette Câmara em entrevista ao UOL Esporte.

Ontem (18), peças da estrutura de concreto do estádio começaram a chegar ao canteiro de obras. Em breve, os trabalhos para "tirar a Arena do chão" serão iniciados. E a partir disso o presidente já vê chance de valorização das cadeiras cativas, que hoje custam R$ 40.980,00 -- com localização no meio do campo e nome gravado na cadeira -- e R$ 30.980,00 -- o assento em parte intermediária do campo.

"Tem gente que tem mais dificuldade de comprar alguma coisa só no papel, a gente sabe que tem pessoas que só querem comprar um imóvel quando elas entram nele e falam "é esse aqui? Ah então está bom!". É claro que essas cadeiras também vão sofrer um ajuste na medida em que o tempo for passando, uma coisa é você vender uma cadeira no papel agora antecipado, outra coisa é quando tiver pronta. Para sentar nela "amigo, agora ela custa o dobro, né", previu.

O torcedor que deseja comprar um dos assentos pode pensar em dividir o pagamento. E que existe a possibilidade de financiar a compra tanto pela linha de crédito da própria Arena MRV — em cinco, dez, 15 ou 20 vezes sem juros, e em 30 vezes com juros — ou pelo Banco BMG em 36, 48 ou 60 vezes.

"Isso vai render para o Atlético-MG no curto prazo, alguma coisa perto de R$ 220 milhões. Então, já é um retorno gigantesco que nós estamos tendo uma resposta do investimento feito no time, não só em campo, mas também fora dele. Uma coisa puxa a outra, o Manto da Massa — uniforme desenhado por um torcedor que o clube lançou neste ano —, aumento substancial no nosso programa de sócio-torcedor. Agora temos um programa realmente interessante e vamos bater até o fim do ano mais de 60 mil sócios ativos. E dependendo de como for o nosso ano 2021, indo bem, a gente pode bater os 100 mil sócios ativos, verdadeiros, né, não é mailing não, é que está pagando",

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