Felipe Melo condena racismo, mas pede calma com o caso Gerson
Após a denúncia de racismo de Gerson contra Juan Pablo Ramírez no jogo Flamengo 4 x 3, pelo Campeonato Brasileiro, Felipe Melo afirmou que racismo tem que ser combatido e discutido diariamente, não apenas quando a situação atinge figuras públicas.
"É uma situação que temos que combater no nosso dia a dia. Não tem que deixar acontecer, como foi com o Gerson para começar a falar. A gente vê um policial, um cidadão no supermercado, que são chamados de 'negro', alvo de racismo. A nossa luta tem que ser diária, antes de acontecer com uma pessoa pública para combater, exterminar o racismo", disse o meio-campista do Palmeiras em participação no Arena SBT, hoje.
Felipe Melo ponderou, no entanto, que os dois lados da história precisam ser ouvidos. O jogador também avaliou que o contexto deve ser levado em conta e argumentou com experiências que ele mesmo viveu dentro de campo.
"Tem uma diferença muito grande entre falar um 'cala a boca, negão' sem querer ofender, como eu já ouvi, e chamar de 'macaco', por exemplo, como já aconteceu comigo contra o Peñarol. Então, tem que ouvir os dois lados, entender porque o outro falou. Por ser colombiano, ele pode entender um 'negão' como algo comum, assim como eu brinco com meu pai às vezes. É importante combater, eu educo meus filhos para tomarem muito cuidado com o que falam", completou.
Rogério Ceni volta a apoiar Gerson
Outro entrevistado do programa de Benjamin Back, Rogério Ceni disse não ter ouvido a ofensa racista, mas reiterou o apoio ao seu comandado a partir do relato de Gerson e da reação do jogador dentro de campo.
"Não dá para ouvir nada dentro do campo - assim como não ouvi o xingamento do Gabigol. Mas eu ouvi o relato do Gerson, vi a reação dele dentro de campo. Lamento muito", complementou.
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