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Abel Ferreira se queixa de falta de tempo para treinar o Palmeiras

Thiago Fernandes

Do UOL, em São Paulo

28/12/2020 04h00

Abel Ferreira comandou o primeiro treino à frente do Palmeiras em 3 de novembro passado. Desde o início de seu trabalho na Academia de Futebol até hoje, o português não teve muito tempo para trabalhar mudanças táticas no elenco que disputa Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores. Neste período, teve no máximo quatro dias para descansar o plantel ou fazer exercícios entre as partidas.

Neste período de 56 dias, o time disputou 16 partidas. Abel Ferreira ainda ficou fora de combate por ter sido infectado pelo novo coronavírus e se ausentou de três jogos. O português lamenta a falta de tempo para realizar atividades com o plantel.

"Não é por falta de qualidade e capacidade de gerir os jogadores. Nós temos dois dias para cada jogo. Há jogos que nem temos 72 horas para preparação. Estamos jogando no red line, perdemos só um. Eu não treino 11 jogadores, treino 23. Se desse tempo para treinar, teria uma dinâmica muito maior. Eu tento treiná-los através do treino tático específico e através dos vídeos", disse o comandante palmeirense.

"Você sabe que não gosto de arranjar justificativas. Não temos tempo para treinar desde que cheguei, não dá para treinar, não consigo fazer exercícios. Eu só consigo fazer treino tático específico parado e mostrar vídeos. Somos uma equipe que está no red line. Temos que fazer em razão do contexto", acrescentou.

A comissão técnica ainda perde jogadores por problemas clínicos. Zé Rafael, Mayke e Rony não suportaram a maratona de jogos e ficaram fora da vitória por 1 a 0 sobre o Red Bull Bragantino, na noite de ontem (27). Além da ausência do trio, outro jogador — Gabriel Veron — sofreu um problema físico durante o jogo e deve se ausentar das próximas partidas. A perda do garoto é mais um fato que preocupa Abel Ferreira.

"A lesão preocupa, mas o que mais me preocupa é que temos o Wesley fora e o Rony fora. Eu precisava do plantel ao meu dispor, poder escolher, poder treiná-los. O risco que corremos é esse, foi o Patrick [de Paula], o Mayke, o Zé [Rafael], o Luiz [Adriano]. Agora é Gabriel Veron", comentou.

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