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Cuca conduziu o Santos como estrategista e gestor de pessoas, diz gerente

Gabriela Brino

Colaboração para UOL, em Santos

30/12/2020 04h00

Estrategista e excelente. É assim que Jorge Andrade, gerente de futebol do Santos, vê o técnico Cuca ao final de 2020. O treinador assumiu o time no início de agosto, após Jesualdo Ferreira não atingir às expectativas. Sem possibilidade de reforços devido a uma punição aplicada pela Fifa, ele seguiu adiante com a promoção de jovens e alcançou a semifinal da Copa Libertadores da América, que será disputada contra o Boca Juniors na semana que vem (6).

Para o gerente, Cuca se destacou no ano como um ótimo gestor de pessoas. Internamente esse é considerado o grande diferencial do comandante santista, que auxilia as pratas-da-casa, sem perder de vista o rendimento dos mais experientes. O novo presidente do Santos, Andres Rueda, pretende mantê-lo, mas Cuca prefere debater o tema apenas após o fim da temporada.

"Cuca é uma grande pessoa, grande caráter. Excelente treinador e gestor de pessoas fantástico. Estrategista de jogo, tenho ótima relação com ele. Uma pessoa que gosto muito. É muito humilde, bom coração, trabalhador, sério. A comissão dele também. Nesse ano tivemos essas situações [de pandemia e coronavírus] e colhemos bons frutos com os jovens, vem dando bom resultado. Os mais experientes que têm os recebido muito bem, trabalhado muito bem com os meninos. O dia a dia tem sido muito bom, a comissão técnica tem gerido muito bem", disse ao UOL Esporte.

Mesmo sem saber se continuará em 2021 no Peixe, Jorge já separou os relatórios e informações para a nova gestão que assumirá em janeiro. Rueda já está à frente das negociações e renovações pendentes, mas ainda não se reuniu com o gerente.

"Por enquanto não estou aguardando a nova direção. Estamos esperando a nova gestão assumir. Estamos com todos os relatórios e informações prontas caso precisem. Assim que tomarem posse, estamos preparados e dispostos a trabalhar", conta.

Prós e contras

Felipe Ximenes e Jorge Andrade em treino no CT Rei Pelé - Pedro Ernesto Guerra Azevedo - Pedro Ernesto Guerra Azevedo
Felipe Ximenes e Jorge Andrade em atividade no CT Rei Pelé
Imagem: Pedro Ernesto Guerra Azevedo

Se não bastasse a pandemia, que resultou num surto de coronavírus no elenco masculino e feminino, deixou o calendário apertado e agravou as dificuldades financeiras, o Santos ainda teve que lidar com problemas na direção. José Carlos Peres foi alvo de impeachment no final de novembro e deu espaço a Orlando Rollo no final da gestão.

Jorge explica os prós e contras que teve durante a temporada e frisou o bom relacionamento e ambiente no CT Rei Pelé como o desafogo para essas situações. "A maior dificuldade foi a pandemia, a covid. A negociação do acordo da pandemia, que tinham feito algumas coisas e não foi cumprido, ajustado com os atletas. Eu fiquei doente, acho que meu pior momento foi quando eu tive a covid. Foi bem ruim. O facilitador são as pessoas, os funcionários, pessoal de staff e apoio. Têm ajudado muito no trabalho, o ambiente é muito bom. Pessoal da cozinha, massagistas, roupeiros e seguranças", disse.