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Abel Ferreira diz que Palmeiras tinha pressão extra na semi e exalta elenco

Do UOL, em São Paulo

31/12/2020 00h34

Para Abel Ferreira, o Palmeiras era o único time com algo a perder na semifinal da Copa do Brasil que disputou com o América-MG. Contra uma equipe que já fazia a melhor campanha de sua história, o técnico citou aos jogadores que haveria uma pressão extra e elogiou o grupo pelo triunfo por 2 a 0, que classificou o Verdão à decisão.

"Só nós tínhamos a perder na eliminatória. Eles (América-MG) não tinham responsabilidade nenhuma, fazendo o jogo de suas vidas, com uma campanha fantástica. (O América) Só tinha a ganhar, não a perder. Nós tínhamos toda a responsabilidade. Esta é a diferença. Quando joga a responsabilidade de ganhar ou pressão zero, como nosso adversário. Há que valorizar a pressão extra do Palmeiras e fomos capazes de colocar a responsabilidade nos ombros, assumir e com todas as dificuldades conseguimos chegar na final", citou.

Em pouco menos de dois meses no Verdão, Abel já comandou a equipe em 17 partidas (11 vitórias, quatro empates e duas derrotas). Depois de um mês com jogos seguidos e cansaço elevado, o português disse que nunca trabalhou com uma agenda tão complicada como neste começo no Palmeiras.

"Eu tenho que ser humilde o suficiente e dizer que pela primeira vez na carreira pego um calendário assim. Quando eu cheguei, fizemos oito jogos no mês, em dezembro fizemos nove e em janeiro vamos fazer dez. Não é que reclamo quando perco. Temos uma equipe curta, jogadores lesionados, queríamos ter o Veron e o Wesley para ajudar como os que entraram. O Mayke ajudou lindamente por fora (como ponta)", analisou.

"Eu não posso dizer aos jogadores que viemos para ganhar e montar uma equipe com jogadores de mais contenção. Quis passar um sinal aos jogadores que queríamos resolver o jogo nos 90 minutos e não nos pênaltis. Hoje o Scarpa tem tido uma utilização muito forte, passou muito tempo sem competir e com a gestão que temos feito, que fizemos bem com o Patrick, que ajudou lindamente. Tivemos uma zaga incrível, os dois foram perfeitamente impecáveis para controlar as transições e defender, e os que entraram. Hoje quem entrou, entrou para continuar a ajudar a equipe. É preciso usar um bom perfume, mas às vezes temos de ter o perfume do suor", completou.

Já em sua primeira final como técnico do Palmeiras, Abel Ferreira dividiu méritos com o grupo e funcionários na Academia de Futebol.

"Fruto de muito trabalho de muita gente, dos jogadores, departamentos, diretores que nos proporcionaram uma logística fantástica. O Cícero (Souza), o (Anderson) Barros... nada nos falta. Eles dão todas as condições e os jogadores sentem esta responsabilidade. Ainda não ganhamos muito, não vão me ver celebrar com euforia, nem quando perder ficar muito triste. O caminho é seguir em frente, independente do que acontecer, e valorizar o trabalho coletivo", concluiu.

O Verdão enfrentará na final da Copa do Brasil o Grêmio. Antes, disputa com o River Plate (ARG) a semifinal da Copa Libertadores, a partir da próxima terça (5).

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