Artilheiro em 2020, Nenê 'iguala' Romerito, Thiago Neves e Preguinho no Flu
O ótimo ano de Nenê em 2020 lhe colocou em uma seleta lista no Fluminense. Aos 39 anos, o meia marcou 20 gols em 42 jogos — a temporada ainda seguirá até fevereiro, quando o Campeonato Brasileiro chega ao fim — e se juntou a nomes como Romerito, Thiago Neves e Preguinho como artilheiros anuais que não são atacantes.
Ao longo de sua mais do que centenária história, o Flu, claro, teve diversos artilheiros que não atuaram no ataque. O fato era mais comum no início das disputas do esporte no Brasil — quando o Tricolor, fundado em 1902, já era protagonista no país e principalmente no Rio de Janeiro.
Não à toa, seu primeiro artilheiro anual foi Horácio Costa Santos, que era meia esquerda. Foi dele — artilheiro com 18 gols em 10 jogos da primeira edição do Campeonato Carioca, em 1906, vencida pelo Tricolor — também o primeiro gol da história do Fluminense. Em sua residência, no número 51 da Rua Marquês de Abrantes, inclusive, que se deu a reunião de fundação do clube. Horácio foi artilheiro da equipe em 1902, 1906 e 1908.
Depois dele, outro grande nome da história do clube e do futebol brasileiro se tornou artilheiro do Flu no ano sem atuar no ataque: o meia-esquerda Preguinho, que em 1930, foi autor do primeiro gol da seleção brasileira em uma Copa do Mundo — era também capitão e foi artilheiro daquele time. Por cinco vezes seguidas, entre 1928 e 1932, o multiatleta João Coelho Netto foi o maior goleador do time.
Preguinho praticou outras nove modalidades: natação, remo, polo aquático, saltos ornamentais, atletismo, basquete, vôlei, hóquei sobre patins e tênis de mesa. Todas pelo Fluminense, onde fez 132 gols em 162 jogos e é o oitavo maior artilheiro da história do clube.
Em 1978, o Tricolor teve um defensor como artilheiro da temporada: o lateral-esquerdo Marinho Chagas, o "Bruxa", um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro. Ele marcou 20 gols e até hoje é o único jogador de defesa a ser o maior goleador do Flu em um ano.
Seis anos depois, um dos maiores ídolos do Fluminense também marcou seu nome como artilheiro do ano: Romerito. E que ano. Em 1984, quando conquistou o Campeonato Brasileiro — marcando o gol da vitória no primeiro jogo da final contra o Vasco — e o Campeonato Carioca, o paraguaio anotou 23 gols, superou o Casal 20 formado por Washington e Assis e se eternizou na história do clube.
Já no século 21, outros dois meias com passagem marcante pelo clube foram artilheiros de uma temporada: Thiago Neves, em 2007, com 14 gols, e Cícero, em 2016, com 16 bolas na rede. Juntos, os dois foram campeões da Copa do Brasil em 2007.
Thiago tem 50 gols em 174 jogos com a camisa tricolor, e Cícero — sobrinho de Fumanchu, artilheiro do 1979 do Flu com 30 gols — fez 49 em 197 partidas.
Confira lista de "não-atacantes" artilheiros anuais do Fluminense:
1902 - Horácio Costa Santos - 3 gols
1903 - Horácio Costa Santos - 4 gols
1906 - Horácio Costa Santos - 19 gols
1907 - Emile Etchegaray - 6 gols
1909 - Buchan - 19 gols
1910 - Emile Etchegaray - 6 gols
1912 - Ernesto Paranhos - 10 gols
1913 - Baptista - 10 gols
1916 - Baptista - 7 gols
1923 - Coelho - 20 gols
1926 - Coelho - 12 gols
1928 - Preguinho - 20 gols
1929 - Preguinho - 14 gols
1930 - Preguinho - 27 gols
1931 - Preguinho - 20 gols
1932 - Preguinho - 24 gols
1938 - Sandro - 30 gols
1944 - Magnones - 17 gols
1978 - Marinho Chagas - 20 gols
1984 - Romerito - 23 gols
1990 - Rinaldo - 10 gols
1995 - Rogerinho - 13 gols
2004 - Ramon - 14 gols
2007 - Thiago Neves - 14 gols
2016 - Cícero - 16 gols
2020 - Nenê - 19 gols
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