Inter terá força-tarefa para quitar dívidas em 2021, avisa novo presidente
O déficit de R$ 74 milhões e as dívidas a curto prazo vão mobilizar as forças da nova diretoria do Internacional nos primeiros dias de 2021. Alessandro Barcellos, presidente eleito para o triênio 2021-2023, revela ao UOL Esporte que vai liderar uma força-tarefa para renegociar prazos e buscar recursos para os cofres do clube.
Barcellos assume oficialmente o comando o Inter na segunda-feira (4). Mas já tem feito reuniões com outros dirigentes eleitos e quer atacar as contas nas primeiras horas de gestão.
"Com o clube, existem medidas importantes que precisam ser iniciadas. Na parte financeira, onde é preciso compreender e buscar forma de renegociar boa parte de fluxo de caixa. Pagamentos que temos de fazer. O saldo das contas a pagar? Isso está nas ações do primeiro dia", conta Alessandro Barcellos.
O orçamento do Inter para 2020 já foi apresentado, mas a peça teve elaboração dos antigos dirigentes. Ou seja, os números deverão ser revistos pela nova diretoria.
"O que está expresso na peça orçamentária é desejo da atual gestão. Tanto que teremos possibilidade de em março apresentarmos a nossa peça orçamentária, isso é garantido pelo Conselho Deliberativo. Teremos três meses para conectar nosso projeto com a peça orçamentária. Também queremos ter superávit no primeiro ano, mas precisamos ver como faremos e como o planejamento vai permitir", comenta Barcellos.
Um dado a ser bastante analisado é a rubrica de venda de jogadores. O orçamento atual projeta R$ 115 milhões com as negociações.
"Vamos analisar e podemos entender que R$ 115 milhões é alto demais, então podemos diminuir e aí compensar reduzindo custos por outro lado", explica o novo presidente do Inter. "Nossa diretriz é enfrentar o endividamento e buscar superávit. O financeiro não dita a regra, mas dá o caminho, nos ajuda", completa.
Alessandro Barcellos, que foi vice de finanças e vice de futebol ao longo da gestão de Marcelo Medeiros, ainda afirmou que quer avanço em várias áreas simultaneamente. "O grande desafio é ganhar títulos, retomar senda de vitórias. Isso que, ao final dos três anos, vai consolidar trabalho. Não podemos deixar ninguém para trás, temos que trazer todo mundo junto. Não podemos ir bem em campo e ver as finanças ou operação do estádio ficar para trás", declara.
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