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Por que Luxemburgo é 'bola de segurança' no Vasco por fuga do rebaixamento

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/01/2021 04h00

O Vasco demitiu o técnico português Ricardo Sá Pinto e nem esperou a virada do ano para anunciar seu "novo": Vanderlei Luxemburgo. As aspas para falar do técnico que assume o clube resumem bem o motivo da contratação do veterano. Por conhecer bem a casa e o elenco, o treinador é visto como "bola de segurança" na campanha para fugir da zona de rebaixamento no Brasileirão.

A aposta equivocada no português pela gestão Alexandre Campello, bancada pelo vice de futebol José Luís Moreira, fez o Cruz-Maltino desistir de navegar com sua caravela por mares desconhecidos. O clube decidiu agir de maneira mais conservadora, e antes de Luxa, procurou Zé Ricardo, outro técnico com passagem recente por São Januário. A recusa do jovem treinador fez o "plano B" ser posto em prática com rapidez.

Recuperado de covid-19, que o fez ser internado após deixar o Palmeiras, Vanderlei conta com o carinho do torcedor após fazer um 2019 bem parecido com o que o clube precisa na atual edição do Brasileirão. Se havia muito mais tempo na temporada passada, os 12 últimos jogos da competição são vistos como suficientes para o Vasco, que é o 17º colocado com 28 pontos, se livrar do quarto rebaixamento.

Para alcançar o número mágico de 45 pontos, que nem sempre é necessário, seriam precisas cinco vitórias e dois empates, nada que, hoje, pareça impossível para o próximo presidente, Jorge Salgado, que toma posse em 20 de janeiro. Foi de seus correligionários e equipe que partiu o nome de Luxemburgo, com quem Alexandre Campello teve algumas rusgas pela forma com que o técnico deixou o clube ao fim de 2019.

Contornados os problemas e aparadas as arestas, os cruz-maltinos esperam que em mais "projeto", Vanderlei Luxemburgo consiga encampar o espírito do time que "saiu da confusão" na última temporada. Para isso, apostam em um estilo um pouco mais conservador que o do português Sá Pinto e muito conhecimento do vestiário, que aprovou a escolha do nome para comandar a nau até o fim do Campeonato Brasileiro — sem receber salários, apenas com um bônus em caso de evitar a queda.

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