Marinho se indignou com pedido de radialista que fez comentário racista
O atacante Marinho, do Santos, se indignou com um pedido recebido em 2020.
Em julho, o time foi eliminado pela Ponte Preta nas quartas de final do Campeonato Paulista. Na rádio Energia 97, o comentarista Fabio Benedetti, então fez um comentário racista para criticar o jogador na derrota por 3 a 1 para a Ponte.
Posteriormente, Marinho disse ter perdoado Benedetti. Mas em entrevista divulgada hoje pela Rede Globo, afirmou ter se recusado a gravar um vídeo para que o comentarista divulgasse nas redes sociais, de forma a comunicar o desfecho do caso entre os dois.
"Eu até fiquei indignado com esse cidadão. Ele mandou um recado para mim na rede social pedindo desculpa. Mas além de pedir desculpa, ele falou: 'Tem como você fazer um vídeo aceitando minhas desculpas, para eu postar na internet, falando que ficou tudo bem?'", relatou o atacante do Santos.
"Eu falei: 'Eu te perdoei, do fundo do meu coração, mas você não pode vir aqui pedir isso. Eu só entendo que seu (pedido de) perdão foi falso, foi mentiroso. (Se) você pede perdão a alguém e depois pede um vídeo aceitando as desculpas, eu acho que não foi do coração. Nem mande recado para mim'."
O incidente ajudou Marinho a se posicionar contra o racismo. Não por ele, nas próprias palavras, mas por outras pessoas que não têm a mesma projeção.
"Quando eu cheguei em casa e escutei ele falando isso, eu senti que, como pessoa pública, sofrer algum tipo de preconceito, uma situação tão grave quanto o racismo, eu fiquei mal. Mas eu pensei muito mais nas pessoas que não têm voz ativa para falar. Estão arriscadas a perder o emprego, não podem se expor", explicou.
Com passagem por clubes como Fluminense, Internacional, Paraná, Goiás e Náutico, Marinho ganhou notoriedade em 2015 pelo Ceará. Não apenas pelos gols, mas pelos memes gerados por entrevistas inusitadas.
Desde 2019 no Santos, Marinho vive bons momentos. Deixou de lado os memes e passou a ser cotado para a seleção brasileira. Para ele, fruto do trabalho.
"Mesmo com a pandemia, eu me concentrei e sabia que (2020) ia fazer um grande ano. Não é sorte, é trabalho", disse o atacante. "O que faltava antes, para mim, hoje eu tenho. O lado mais responsável, o lado mais líder. Um cara que sabe o momento, que hoje tem uma voz mais forte. O meu trabalho também está mais consistente."
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