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Entra Muricy, sai Lugano: como o São Paulo se organiza em nova gestão

Muricy Ramalho inicia trabalho como coordenador de futebol do São Paulo - Paulo Pinto/saopaulofc.net
Muricy Ramalho inicia trabalho como coordenador de futebol do São Paulo Imagem: Paulo Pinto/saopaulofc.net

Thiago Fernandes

Do UOL, em São Paulo

05/01/2021 04h00

O São Paulo já coloca em prática um pouco de seu novo departamento de futebol em 2021. Três nomes chegaram à Barra Funda e para assumir cargos distintos: Carlos Belmonte Sobrinho, Muricy Ramalho e Nelson Marques Ferreira. O presidente Julio Casares ainda pensa em buscar outros nomes para o esporte. Em contrapartida, alguns colaboradores da pasta já deixaram o Morumbi. O uruguaio Diego Lugano e Alexandre Pássaro não permaneceram para o novo ano.

Carlos Belmonte Sobrinho é quem está à frente do futebol. Ele aparece no topo do organograma do departamento. O conselheiro vitalício tem um cargo não remunerado, mas terá a incumbência de chefiar todo o esporte, seja no CT da Barra Funda ou em Cotia. Abaixo dele, estará Muricy Ramalho como coordenador de futebol.

"Nós vamos ter o Belmonte, com a equipe dele, que vão fazer a gestão da área profissional, gestão de pessoas e procedimentos. Quando eu falo da integração Cotia e Barra Funda são processos e procedimentos que vão mudar. Caberá ao Belmonte e sua equipe fazer isso. O CAF [Comitê Avançado de Futebol] será um órgão participativo, ligado ao presidente, para termos um subsídio maior de informações, para que possamos acertar muito mais do que errar. Embaixo do Belmonte teremos o coordenador de futebol, uma área vaga. O papel do Muricy é estar próximo dos atletas e da comissão, mas fazendo esse elo com a diretoria. Ele vai estar apoiando, de forma presente, toda a comissão técnica e os atletas", explicou Julio Casares.

Ao lado da dupla,por enquanto, está Raí. O ídolo atua hoje como um executivo de futebol. No entanto, está garantido no cargo apenas até fevereiro de 2021. Depois, ele será liberado para gozar de férias e pode retornar ao Morumbi em outra função, ainda não definida pela diretoria-executiva do Tricolor paulista.

Contrata-se

Há a procura de Julio Casares por um profissional da área, com algumas negociações abertas sem sucesso. Rodrigo Caetano esteve em pauta, mas a questão financeira impediu um acerto com o ex-diretor de futebol do Internacional e que hoje está perto de fechar com o Atlético-MG. Thiago Scuro, atualmente no Red Bull Bragantino, e André Zanotta, que trabalha para o Dallas FC, dos Estados Unidos, também foram procurados. Ambos, contudo, descartaram. Outro profissional que surgiu como alternativa foi Diego Cerri, hoje no Bahia. A situação pessoal do executivo também impediu o negócio.

"Teremos um diretor executivo, que estamos olhando no mercado. Eu vejo muitas notícias de nomes, vou dar um exemplo, o Rodrigo Caetano, um grande profissional, mas tem uma pretensão alta de salário dentro das nossas possibilidades. Temos que jogar isso de forma aberta. Com muita responsabilidade, no momento estaremos de olho no mercado, mas sobretudo pensando no que o orçamento requer", explicou Julio Casares.

Além dos supracitados, outros dois membros do Conselho Deliberativo estão sob os cuidados de Carlos Belmonte no futebol. Fernando Chapecó segue como diretor-adjunto de futebol do elenco profissional. Nelson Marques Ferreira terá função semelhante nas divisões de base, em Cotia.

Quem saiu

Antes de acertar a chegada dos novos nomes, a diretoria do São Paulo definiu a saída de alguns profissionais. Alexandre Pássaro deixou o cargo de gerente de futebol e foi anunciado como executivo da pasta no Vasco. Ele foi apresentado ontem (4) em São Januário. No clube paulista, ficou entre 2015 e 2020 respondendo pelo departamento de futebol.

Outro representante da pasta que deixou o Morumbi foi o ídolo Diego Lugano. Fora dos planos da atual diretoria, o uruguaio se despediu do clube na tarde de ontem (4). Ele ocupava o cargo de superintendente de relações internacionais, mas teve mais atribuições no futebol, sobretudo no início de sua passagem. O estrangeiro foi um dos responsáveis pela contratação do compatriota Diego Aguirre e atuou como um conselheiro de Brenner no primeiro ano do jovem como profissional, em 2017.

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