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Santos lamenta empate na Bombonera, e não só por reclamação de pênalti

Cuca comanda o Santos da área técnica - Ivan Storti
Cuca comanda o Santos da área técnica Imagem: Ivan Storti

Gabriela Brino

Colaboração para UOL, em Santos

07/01/2021 04h00

O empate do Santos em 0 a 0 com o Boca Juniors, ontem (6), em La Bombonera, pelo jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores, não foi totalmente engolido pelos jogadores e comissão técnica. E isso não tem a ver exclusivamente com um pênalti não sinalizado em Marinho, no segundo tempo. O time acredita ter sido superior durante os 90 minutos, mas também viu alguns de seus atletas sentirem problemas físicos

A grande questão após o jogo, de qualquer modo, foi a penalidade em cima de Marinho. O atacante, que sofreu carga do zagueiro Carlos Izquierdoz, caiu e pediu pênalti, mas não foi atendido. O VAR foi acionado, mas a decisão do árbitro chileno Roberto Tobar foi mantida, sem que ele tivesse de verificar o vídeo, o que causou grande revolta. Depois de ver as imagens, a delegação santista tem certeza que a arbitragem errou.

Contando com isso, a diretoria enviou ofício à Conmebol pedindo o áudio da conversa de Tobar com o árbitro de vídeo Juan Benítez. Os áudios normalmente são disponibilizados pela entidade em seu site, mas a solicitação foi feita para agilizar a situação.

Outro problema que Cuca teve que enfrentar na partida foi a falta de vigor físico de alguns atletas. Marinho e Soteldo, por exemplo, sentiram o desgaste. O venezuelano saiu logo no intervalo, como já esperava o treinador, enquanto o artilheiro do Peixe conseguiu ir até o final, mas abaixo do que costuma oferecer. Ainda na segunda etapa, Kaio Jorge e Lucas Braga foram substituídos com cãibras. Lucas Veríssimo deixou o campo após se sentir cansado, mas não preocupa.

No fim das contas, ficou o gosto amargo de um empate em que o Peixe foi superior ao Boca — o clube sente que poderia ter conseguido a segunda vitória brasileira seguida pelas semifinais, depois de o Palmeiras ter arrasado o River Plate à véspera. Além de conseguir se impor fora de casa, mantendo a invencibilidade como visitante no torneio, o Santos encerou a partida com mais de 60% de posse de bola. O que prova que jogou sem medo.

Sandry, aposta de Cuca, melhorou o desempenho da equipe após a saída de Soteldo, que era um destaque individual até então. Apesar dos sustos, os brasileiros fizeram um jogo melhor.

No desfecho em Buenos Aires, o ônibus da delegação santista foi atacado na chegada do hotel. O veículo foi apedrejado ainda com os atletas dentro, mas ninguém foi ferido. Agora, o Peixe muda a chave para o Brasileirão, uma vez que encara o São Paulo, domingo, no Morumbi, pela 29ª rodada. De olho na final do torneio continental, Cuca deve poupar titulares.

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