Em Flamengo instável, Everton Ribeiro vira alvo e busca retomar boa fase
A fase conturbada pela qual o Flamengo passa possui fatores que têm feito o técnico Rogério Ceni quebrar a cabeça por soluções. Dentre eles, a dificuldade apresentada na criação, algo que esbarra também na queda de rendimento de Everton Ribeiro, um dos cérebros do time.
Desde o retorno da mais recente convocação à seleção brasileira — quando atuou pelas Eliminatórias Sul-Americanas à Copa do Mundo de 2022 —, que coincidiu também com o início de trabalho de Ceni no Rubro-Negro, que o camisa 7 não tem sido tão efetivo quanto em outrora.
À sombra do time avassalador de 2019, a equipe da Gávea tem deixado pontos pelo caminho e vê a briga pela conquista do bi do Campeonato Brasileiro ficar mais complicada a cada rodada. Em meio ao cenário não muito favorável, Everton Ribeiro passou a ser um nome no centro do debate. Nas redes sociais, inclusive, as atuações nas últimas partidas foram alvos de críticas.
Um dos principais nomes e líderes do elenco, sendo também capitão, o meia não tem conseguido tirar as soluções da cartola, como a torcida se acostumou. Da volta da seleção, no segundo jogo com o São Paulo pelas quartas de final da Copa do Brasil, até aqui, houve quedas, mesmo que pequenas, em alguns números e o jogador tenta voltar à nem tão distante boa fase.
Em termos comparativos, neste período foi apenas uma assistência, no jogo contra o Santos, segundo dados do site Sofascore, especializado em estatísticas. Neste panorama, obtém média de 0,11 contra 0,17 do restante de 2020. No quesito "passe-chave", que conta participações diretas em lances de gol, foi de 1,5 para 1,3.
Quarto na lista de goleadores do Fla no último ano, com nove gols, atrás dos atacantes Pedro, Gabigol e Bruno Henrique, Ribeiro também colocou a bola na rede apenas uma vez neste período. Ele foi o autor do gol da vitória no clássico com o Botafogo. A porcentagem de passes certos permanece alta — varia entre 77% e 93% —, mas sem os mesmo indícios efetivos de antes.
Mesmo que deixando o jogo apenas nos minutos finais, o camisa 7 foi substituído em todas as partidas sob o comando de Ceni, com exceção do jogo de volta com o São Paulo, quando entrou no intervalo, após ter atuado os 90 minutos no dia anterior, pela seleção brasileira.
Ceni, por sua vez, defende o meia e ressalta que, na avaliação dele, o jogador não teria a atuação contestada se o resultado no clássico da última quarta-feira (6), contra o Fluminense, fosse positivo.
"Ele participou da jogada do gol. O cruzamento é dele. Ele fez outras boas jogadas. É natural, quando perdemos um jogo, tentar encontrar alguém para diminuir ou colocar como culpado. Ele jogou até o minuto que podia e depois foi substituído. Se o resultado fosse favorável, não teria a pergunta. É muito difícil. O que tem que fazer é ganhar jogo. Hoje, como não venceu... Acho que o Everton não fez um jogo tão abaixo. Infelizmente, não matamos a partida, e vem o julgamento sobre o atleta", disse o treinador.
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