Castan elogia trabalho de Luxemburgo e revela pedido de desculpa a Sá Pinto

O zagueiro Leandro Castan enalteceu o trabalho que o técnico Vanderlei Luxemburgo vem fazendo neste retorno ao Vasco, admitiu que teve atuações abaixo do esperado no fim do ano passado e revelou que enviou uma mensagem com um pedido de desculpa a Ricardo Sá Pinto, após o técnico português ser demitido do Cruz-Maltino.

Desde a chegada de Luxa, a equipe de São Januário não perdeu — empatou com o Atlético-GO e ganhou do Botafogo — e conseguiu sair da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. O perigo, porém, ainda está perto e, na próxima rodada, o confronto é com o Coritiba, que também está em situação complicada no torneio.

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"Passamos por um momento muito difícil, de muita turbulência. Nada estava dando certo. Você [repórter] citou a Maíra [psicóloga]. Sou suspeito para falar dela, admiro muito como profissional. É uma pessoa que me ajudou muito. Para o momento que a gente vivia, a chegada do Vanderlei foi fundamental. Em pouco tempo, ele e a comissão trouxeram a confiança de volta. Chegada de todos eles tem sido fundamental para gente nessa retomada. Temos um campeonato de 12 jogos, já jogamos dois e nosso objetivo é manter o Vasco na primeira divisão", disse.

O capitão vascaíno assumiu que no fim de 2020 não vinha bem e contou que, depois da saída do técnico Sá Pinto, enviou uma mensagem com um pedido de desculpas, afirmando que "não estava de sacanagem".

"No final do ano passado, minhas últimas atuações não eram aquilo que o torcedor está acostumado a ver. Eu me cobro muito e não estar bem acabou me jogando mais para baixo. Esse momento serviu de aprendizado, pode ter certeza. Tirei muita lição disso. Fiquei muito chateado porque, às vezes, quando você está mal as pessoas querem te jogar para baixo. Até mandei uma mensagem para o Ricardo, quando ele foi embora, pedindo desculpas porque não consegui jogar no meu melhor nível com ele. Deixei claro que em nenhum momento foi de sacanagem. Infelizmente não deu certo, não deu liga", contou ele, que completou:

"Com a chegada do Vanderlei, ele conhecendo, deu força ao nosso grupo. Em poucos treinamentos, parece que as pernas voltaram a ficar vivas. Foram apenas dois jogos, faltam 10, temos que voltar a ter sempre essa concentração. A reta final do Brasileiro é muito difícil, nosso objetivo é manter o Vasco na Série A, que é o que infelizmente sobrou. Foi um ano muito difícil. Teve essa doença no ano, você contrair um vírus, ficar 10 dias sem trabalhar e logo depois ter que jogar. Foi uma loucura".

Veja outros tópicos da coletiva:

Vasco não sofreu gols sob o comando do Vanderlei

"Acho que isso tem a ver com o modo de jogar. Quando a gente não toma gol, não é só a defesa. Quando toma muitos gols também não é. Tenho exemplos muito claros disso na minha carreira. Tive um treinador na Roma [da Itália] que não ligava para quantos gols tomássemos, o importante era quantos fazíamos. A questão de tomar ou não gols tem a ver com o método de jogo. Vanderlei voltou, e acho que é fundamental ter um primeiro volante. O Bruno Gomes dá uma proteção muito grande para nós. É um menino que dispensa comentários, vai ser um dos melhores primeiros volantes do Brasil. Com certeza estamos muito mais protegidos, e o time todo está correndo e marcando".

Dupla com Werley

"Werley é amigo pessoal. Conheço desde a base do Atlético, sou dois anos mais velho do que ele. É um cara que, mesmo quando estava fora, eu falava para ele ter paciência. Sempre quando jogamos juntos, e eu e ele conseguimos fazer grandes jogos. Tem liderança, mostrou que está pronto. Era um momento em que o Ricardo ia sair jogando, mas, infelizmente, teve o problema de saúde. E o Werley conseguiu fazer grandes jogos. Fico feliz por ele, é um cara trabalhador e que merece estar bem"

Jogo com o Coritiba

"Jogo muito perigoso, muito difícil. Acho que será muito parecido com o que encaramos contra o Botafogo. A equipe deles está jogando as últimas fichas, e essa reta final de Brasileiro será muito difícil. Vamos entrar muito concentrados para não cair nessas armadilhas"