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Diretoria do Botafogo tenta 'choque de ordem' para evitar queda à Série B

Durcesio Mello e Vinicius Assumpção conversam com o gerente de futebol Túlio Lustosa - Vitor Silva/Botafogo
Durcesio Mello e Vinicius Assumpção conversam com o gerente de futebol Túlio Lustosa Imagem: Vitor Silva/Botafogo

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

14/01/2021 04h00

Recém-empossada, a nova diretoria do Botafogo aposta em um choque de ordem na tentativa de evitar o quase irreversível quadro do time no Campeonato Brasileiro: a queda à Série B. Nos últimos dias, o presidente Durcesio Mello e integrantes da cúpula tiveram conversas com comissão técnica, elenco e, inclusive, aplicaram multas em jogadores que avaliaram que estavam sem o comprometimento necessário.

Desde o resultado da eleição, realizada em 24 de novembro, Durcesio e vice Vinicius Assumpção vêm buscando ter um contato mais próximo com diversas áreas, inclusive, o futebol, chegando a acompanhar treinos e viagens do grupo para alguns jogos.

Se antes, porém, havia o cuidado pelo fato de o clube estar ainda sob gestão de Nelson Mufarrej, a "chave virou" em 2021, com a diretoria tentando tomar as rédeas e buscando, de forma mais contundente, soluções para a atual situação.

Em recente reunião com o elenco e comissão técnica, houve demonstração de confiança no trabalho do técnico Eduardo Barroca e pedido por mais empenho aos jogadores, depois de o time ter sido considerado apático nas derrotas mais recentes para Athletico e, principalmente, no clássico contra o Vasco. Salientou-se, inclusive, que ainda há chances matemáticas e não se pode jogar a toalha.

O próximo compromisso do Alvinegro na competição é contra o Santos, domingo (17), fora de casa. O jogo é considerado essencial para que as possibilidades de permanência na Série A sejam mantidas.

Paralelamente a isso, o planejamento para a próxima temporada já começou e o clube já estuda o cenário com o time na Série B, sem o projeto de clube-empresa concretizado, e, consequentemente, pouco dinheiro. Em caso de queda, o orçamento do Botafogo sofreria corte substancial, já que deixaria de receber o dinheiro de clubes da elite. Isso representará um golpe duríssimo nas já combalidas finanças do Alvinegro. Segundo apuração do UOL Esporte, o déficit operacional para 2021 ficaria em aproximadamente R$ 130 milhões com o rebaixamento.

Mudanças mais drásticas no departamento de futebol devem acontecer apenas após o fim da competição nacional, em fevereiro. Nos bastidores, porém, a diretoria já estuda algumas diretrizes a serem colocadas em prática tão logo aconteça o apito final da última rodada do Nacional.

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