Grêmio reclama e elege novo adversário para a final: o gramado do Allianz
O Grêmio realmente não gostou do gramado do Allianz Parque. As palavras de Renato Gaúcho se propagaram pelos corredores do clube gaúcho, que coça a cabeça de preocupação com o segundo jogo da final da Copa do Brasil. O sintético da casa do Palmeiras é visto como um adversário extra, uma vantagem ao time de Abel Ferreira. Só que mesmo com a disposição de pagar para treinar sobre uma superfície semelhante, os gremistas devem encontrar dificuldade no plano de adaptação. Pois não há piso igual no Brasil.
A grama sintética do Allianz Parque foi instalada em fevereiro do ano passado. O jogo de sexta-feira passada (15), pela 30ª rodada do Brasileirão, foi o primeiro do Grêmio no estádio desde a reforma do campo. Imediatamente, surgiu a ideia de usar outros sintéticos para os jogadores se ajustarem a diferente condição.
O estádio Passo D'Areia, do São José-POA, deve ser vistoriado em breve. Mas a grama artificial instalada na zona norte de Porto Alegre é bem diferente. O mesmo vale para Arena da Baixada e Neo Química Arena, que possuem sistema misto (com grama natural).
Integrantes da comissão técnica, jogadores e diretoria não poupam críticas ao gramado nos bastidores. No dia do jogo, a cidade de São Paulo teve chuvas intensas e a irrigação foi acionada igual. Para o Grêmio, uma clara ideia com vistas a aumentar a distância entre o hábito e estreia no piso artificial.
"A gente está acostumado com uma outra velocidade de bola, outro domínio, e eles sabem muito bem como jogar no sintético", disse Diego Souza ao Premiere, depois do jogo de sexta.
Antes de o jogo começar, o Grêmio fez o diagnóstico: com o gramado do Allianz, a bola fica 'nervosa'. O termo é usado para explicar quique mais rápido e maior exigência de controle.
O Palmeiras usa gramado sintético na Academia de Futebol para treinar antes de jogos como mandante. A Soccer Grass, empresa responsável pela instalação da grama artificial, chegou a ser convidada para reunião com Abel Ferreira, quando da chegada do treinador ao clube.
Até o segundo jogo da semifinal da Copa Libertadores, contra o River Plate, o Palmeiras não havia perdido no estádio com grama sintética.
"Quando se fala no sintético, pensam no society, sem o mesmo domínio da parte do gramado homologado, que precisa seguir à risca os termos de velocidade de bola da Fifa, como é este do Allianz. Agora, jogam muito à vontade. O gramado perfeito, sem impedir de rolar [a bola]", disse Alessandro Oliveira, diretor-executivo da Soccer Grass em recente entrevista ao UOL Esporte. "Você pega um gramado natural, no primeiro tempo fica bem regular, mas aí sai grama, a chuteira é agressiva e acontece isso. A bola não consegue correr e sempre pega um atrito na frente. No sintético não acontece, a velocidade fica maior, vira uma mesa de bilhar, vai redondinha, não tem desvio, um tufo de grama."
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