O Corinthians se reabilitou após perder o clássico para o Palmeiras na última segunda-feira e conseguiu uma vitória tranquila diante do Sport, por 3 a 0, na Neo Química Arena, para seguir na briga por uma vaga na Copa Libertadores, meta que se tornou possível depois que o técnico Vagner Mancini conseguiu acertar o time e se distanciar da luta contra o rebaixamento, realidade do clube no momento de sua chegada.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Luiza Oliveira, Renato Maurício Prado, Débora Miranda e Danilo Lavieri —, Débora afirma que Mancini conseguiu melhorar o time do Corinthians defensivamente e ofensivamente, sendo seu grande mérito a paciência para buscar primeiro um time, para ir ajustando as peças conforme a necessidade, sem tantas mudanças como as promovidas pelos antecessores Tiago Nunes e Dyego Coelho.
"Eu acho que o que o Mancini teve foi a tranquilidade de pensar um time, porque os outros técnicos antes dele foram tentando muito acerto e erro, eu não acredito nisso no futebol, de você mudar o time o tempo todo, eu acho que isso você não consegue, é um jogo coletivo, se você muda todas as peças em todas as partidas, é impossível de conseguir ter êxito, de conseguir construir uma equipe que tenha entrosamento, que tenha uma metodologia, que pense o futebol coletivamente, como ele precisa ser pensado", afirma Débora.
"Ele teve tranquilidade de pensar um time e aí, depois da coluna dorsal do time estruturada, ele foi testando algumas peças, mas sem mudar o time todo de uma vez, eu acho que esse foi o grande mérito dele, ele conseguiu algumas peças que foram essenciais para isso, começou pela defesa até chegar no ataque, a chegada do Fábio Santos foi, para mim, uma coisa importantíssima, porque aí ele fechou com o Fagner as duas laterais, são dois jogadores que já se conhecem, que já são muito experientes e que são referências no time junto com o Gil na defesa, o Jemerson chegou muito bem e fechou ali, e aí ele foi indo", completa.
A jornalista também ressalta a importância da chegada de Cazares para o time do Corinthians na criação ofensiva, com jogadas mais velozes, embora o centroavante Jô ainda esteja destoando em alguns momentos.
"Está um time mais veloz, está um time mais criativo, eu acho que o Jô precisa sair um pouco mais para o jogo, vejo ele muito avançado, muito esperando a bola perto do gol e ele é um jogador muito talentoso, que pode participar mais, que pode ajudar mais na criação, então eu acho que ainda tem coisas para fazer nesse time, ainda tem algumas arestas para serem ajustadas, mas acho que o primeiro passo, que é o mais importante, já foi dado", conclui.
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