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Brasileirão - 2020

Athletico vence o Flamengo, e cariocas se distanciam do líder Inter

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

24/01/2021 17h57

Em jogo disputado hoje (24) na Arena da Baixada, o Athletico venceu o Flamengo por 2 a 1, pelo Brasileiro, resultado que deixa os cariocas a sete pontos do líder Internacional, que venceu por 2 a 1 o rival Grêmio.

Os donos da casa abriram o placar com Abner, mas viram os rubro-negros empataram com Gustavo Henrique. Na etapa final, Kayzer deu números finais ao jogo. A partida em Curitiba foi marcada mais por transpiração do que por inspiração dos dois lados, mas venceu a equipe mais organizada e com mais gás em campo.

Na próxima rodada, o Flamengo visita na quinta (28) o Tricolor gaúcho, na Arena do Grêmio. Os atleticanos encaram no domingo (31) o Ceará, às 19h, no Castelão.

Melhor: Abner "vira" atacante e se destaca

O lateral-esquerdo Abner, autor do gol que abriu o placar em Curitiba, foi a melhor arma ofensiva do Furacão. O jogador se infiltrou sempre nas costas de Isla e levou muito perigo.

Flamengo lento e previsível não cria

Após as partidas intensas disputadas nas vitórias contra Goiás e Palmeiras, o Flamengo foi um time lento e que não conseguiu impor um ritmo forte em momento algum. Sem imaginação, o time jogou de forma espaçada e foi facilmente anulado pela zaga rival. Isolado entre os zagueiros, Gabigol não recebeu bolas em condições e batalhou sozinho na frente. O técnico Rogério Ceni tentou mudar, mas o time tentou mais na base do abafa do que na organização.

Furacão chama o Fla e arma o bote

O Athletico entrou em campo posicionado de forma a atrair o Flamengo para o seu campo. Diante de um rival que teve dificuldades na construção, os donos da casa se soltaram mais e passaram a fazer o balanço de um lado para o outro, o que confundiu a defesa do Fla. Com espaços pelos lados, os atleticanos atormentaram a vida de Isla e Filipe Luís, mas faltou mais contundência. Na base do contra-ataque, Khellven cruzou para Kayzer, que se antecipou e venceu Hugo.

Vitinho substitui Bruno Henrique e vai mal

Escalado desde o início na vaga de Bruno Henrique, suspenso pelo terceiro amarelo, Vitinho voltou a decepcionar. Aberto pela esquerda, o atacante pouco produziu e foi figura nula na construção. Sem muito apoio de Filipe Luís, que ficou mais preso atrás, o rubro-negro aceitou a marcação e não participou.

Hugo salva o Fla

Aos 20 minutos da etapa inicial, o goleiro Hugo Souza salvou o Flamengo. Ele defendeu chute cruzado de Carlos Eduardo. No rebote, ele pegou arremate de Kayzer.

Christian arrisca de muito longe e quase surpreende

Aos 25 da etapa final, o volante Christian quase fez um gol histórico na Arena. Ele retomou a bola, viu Hugo adiantado e arriscou de seu próprio campo. O goleiro se recuperou a tempo e fez a defesa.

Cronologia

Aos 24 do primeiro tempo, Nikão cruzou, a bola passou por toda a zaga do Flamengo, e Abner, de primeira, chutou para abrir o placar. Aos 33, Arrascaeta bateu falta e Gustavo Henrique cabeceou sem chances para Santos. Aos 37 do segundo tempo, Kayzer se antecipou e arrematou para o gol.

Luto

O Flamengo entrou com uma fita negra em seu uniforme. O gesto foi de luto pela morte de quatro jogadores e o presidente do Palmas, vítimas de um acidente aéreo. O piloto também perdeu a vida na tragédia.

FICHA TÉCNICA

ATHLETICO X FLAMENGO

Data: 24 de janeiro de 2021, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Competição: 32ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena da Baixada, em Curitiba (PR)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi (RS) e José Eduardo Calza (RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)
Gols: Abner, aos 24 minutos do primeiro tempo; Gustavo Henrique, aos 33 minutos do primeiro tempo; Kayzer, aos 37 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Jonathan, Nikão (CAP)
Cartões vermelhos: -

Athletico: Santos; Jonathan (Khellven), Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Richard (Zé Ivaldo), Christian (Alvarado), Fernando Canesin (Jadson) e Carlos Eduardo (Vitinho); Nikão e Kayzer. Técnico: Paulo Autuori

Flamengo: Hugo; Isla (Matheuzinho), Gustavo Henrique, Willian Arão e Filipe Luís; Gerson, Diego, Everton Ribeiro (Pepê) e Arrascaeta (Rodrigo Muniz); Vitinho (Michael) e Gabigol (Pedro) Técnico: Rogério Ceni