Mancini explica derrota em Itaquera: 'Faltou muita coisa ao Corinthians'
O técnico Vagner Mancini deixou a Neo Química Arena insatisfeito com a atuação do Corinthians na noite de hoje. Derrotado para o Red Bull Bragantino, por 2 a 0, o comandante do Timão - assim como fez Fábio Santos na saída de campo - reconheceu a superioridade do adversário e admitiu que faltou repertório à sua equipe durante os 90 minutos do confronto.
"O que o Red Bull imprimiu no começo do jogo desarticulou o sistema de jogo do Corinthians. Além da bola, precisávamos ter uma volúpia mais agressiva. Melhorou no segundo tempo, embora não tenhamos feito um grande jogo. Em termos de repertório faltou muita coisa ao Corinthians. Reconhecemos que não fomos bem. A estratégia precisou ser modificada. Quando você encontra uma equipe rápida e confiante, as coisas tendem a ser mais difíceis. O Red Bull mereceu a vitória. É óbvio que em uma situação dessa aparecem muito mais os erros. Foi um Corinthians abaixo", disse o treinador em entrevista coletiva.
O Red Bull Bragantino abriu o placar logo no primeiro minuto de jogo e foi para o intervalo vencendo, por 2 a 0. Na etapa final, a equipe de Bragança Paulista conseguiu neutralizar as ações do Corinthians na partida e voltou para casa com três importantes pontos na tabela de classificação.
Mancini explicou as mudanças realizadas no intervalo (entradas de Léo Natel e Otero nas respectivas vagas de Jô e Mateus Vital) e também ao longo do segundo tempo, mas admitiu que faltou concentração para seus jogadores tentarem alguma reviravolta na partida.
"A intenção era voltar mais agressivo, voltar com mais força em campo. O que eu vi no primeiro tempo foi a equipe do Bragantino nos surpreendendo. Semelhante ao que aconteceu no jogo contra o Palmeiras, mas de uma maneira diferente. Sabíamos que enfrentaríamos uma equipe encaixada. Essa maneira de jogar deles fez com que nossa maneira de jogar fosse neutralizar algumas peças e, através da velocidade, equilibrar o jogo. Mas isso não foi possível", lamentou Mancini, voltando a reconhecer a superioridade do adversário.
O tropeço em casa deixa o Corinthians na 10ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 45 pontos ganhos. Na próxima quinta-feira, às 19h (de Brasília), o Timão visita o Bahia, na Arena Fonte Nova, em partida adiada da 30ª rodada. A equipe do Parque São Jorge ainda mantém vivas as esperanças de conquistar uma vaga na Copa Libertadores da próxima temporada.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Vagner Mancini:
Torcerá para o Palmeiras ser campeão da Copa do Brasil e/ou Copa Libertadores para o Corinthians ter o caminho facilitado para chegar na Copa Libertadores?
Não é simplesmente achar que vai chegar, temos que fazer por merecer. Hoje, não fizemos por merecer. De qualquer forma, não vamos jogar a toalha. Sabemos que o Corinthians pode jogar mais do que isso, sabemos que esse jogo foi atípico, mas é hora dos ajustes. Fazer a equipe melhorar. Eu torço para o Corinthians, não torço para o time A, B ou C. Sou fundamentado no meu trabalho, naquilo que fazemos diariamente, para poder ver a evolução da equipe nos jogos.
Sobre oscilações recentes
Atrapalha muito. Se tivéssemos tido seis pontos do jogo contra o Palmeiras e hoje, estaríamos em uma situação muito mais confortável. Seis pontos foram jogados fora e isso nos frustra. É hora de respirar fundo. Tem muita coisa a melhorar, tem muita coisa para jogar. É seguir firme e forte, sabendo que quinta-feira estaremos em campo novamente e temos que melhorar. A partir do momento em que o rendimento coletivo ficou abaixo, podemos exigir de cada um uma melhora rápida para sermos mais fortes contra o Bahia.
O quanto a derrota para o Bragantino atrapalha o Corinthians?
Sou realista e tenho na mão um elenco que me deu retorno rapidamente. Tenho que confiar nesses atletas. Não posso ficar sonhando com nada. Vivendo na realidade estou sempre muito mais próximo do que pode acontecer em campo. Temos limitações, mas temos atletas que são capazes de realizar o que pedimos. Temos que absorver a derrota. entendemos que não fizemos um bom jogo, nosso adversário foi superior e temos que aceitar isso. Em termos de G6 ou G8 nos complica. Agora temos um adversário a mais brigando conosco. Mesmo jogando fora de casa temos que ter uma postura que nos permita sonhar com esse objetivo (Libertadores).
Sobre a escolha dos volantes titulares (Gabriel e Ramiro)
A escolha dos volantes vai muito da estratégia. Sabíamos que enfrentaríamos uma equipe veloz, de transição. Teríamos que ter uma atividade física intensa na partida. O gol atrapalhou isso porque a estratégia precisou ser mudada e o quadrado central sofreu com isso. A partir do momento que precisamos abrir esse quadrado e ele passou a ser um retângulo você começa a tomar bola entrelinhas. Isso foi determinante para que tivéssemos dificuldades no jogo.
Sobre Claudinho, do Bragantino
A estratégia em cima do Claudinho e do Artur foi de não deixar a bola chegar neles. Por isso a escolha por Gabriel e Ramiro, que têm um poder de marcação melhor do que Cantillo e Camacho. Foi a dupla que nos estabilizou como equipe vencedora naquela sequência de quatro jogos. Tenho que ser justo e não posso ser esquecido.
Como aumentar o rendimento da equipe nesta reta final de temporada?
Vencendo as partidas, não tem outra maneira. O Corinthians tem que vencer os jogos que faltam para pensar nessa meta (Libertadores). Lá atrás, tínhamos uma meta de fugir do Z4 e fugimos. A partir do momento em que entramos em outra meta, ela é mais difícil. Se não tivermos vitórias em sequência, fica difícil. Sabemos que esses pontos que perdemos hoje não voltarão mais e, infelizmente, sentimos. De forma alguma, vamos nos abater. Há vários exemplos de equipes que perderam pontos em casa e foram buscar resultados fora de casa.
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