Com uma vitória no ano, Grêmio cai de rendimento e sofre contra o G-6
As últimas semanas têm sido desastrosas para o Grêmio em termos de resultado. Desde que assegurou a vaga na final da Copa do Brasil, o time venceu apenas uma partida, justamente a primeira de 2021, no dia 6 de janeiro, quanto derrotou o Bahia por 2 a 1. Desde então, são cinco partidas de jejum, com três empates e duas derrotas —a última delas bem impactante, levando uma virada em casa do Flamengo, ontem (28), por 4 a 2. Uma sequência que praticamente põe fim a qualquer ambição de conquista do Brasileirão.
Com 51 pontos, ocupando o sexto lugar, com 11 pontos de desvantagem para o líder —e arquirrival— Internacional, o Grêmio convive com um declínio que não se resume apenas à sequência negativa. O time que chegou a ostentar uma invencibilidade de 16 partidas no Brasileirão e se impôs diante do São Paulo na semifinal da Copa do Brasil, vem mostrando uma fragilidade que atinge todos os setores do campo.
No ataque, foram cinco gols marcados nos últimos cinco jogos —três deles por Diego Souza. A defesa do time de Renato Gaúcho foi vazada oito vezes e deixou de ser a melhor do Brasileirão. São 31 gols sofridos no total, mesmo número de Palmeiras e Athletico-PR e um a mais que o Internacional. Diante disso, a realidade do Grêmio, no momento, é lugar por vaga direta na fase de grupos da Libertadores 2021, destinada aos primeiros quatro colocados do Brasileirão. Se preferir não depender da Copa do Brasil, claro.
A sequência ruim do Grêmio incomoda porque esse era justamente o momento que o time precisava jogar bem para encostar na liderança. O primeiro tropeço aconteceu contra o Fortaleza, quando Renato Gaúcho optou por levar uma formação mesclada entre titulares e reservas na capital cearense. Depois do empate sem gols, veio o 1 a 1 contra o Palmeiras, salvo com um gol, no finalzinho, de Diego Souza.
O terceiro empate em sequência também aconteceu em um confronto direto, dessa vez contra o Atlético-MG, e mais uma vez o Grêmio contou com um gol no fim, marcado por Everton para igualar. E para completar, vieram duas derrotas seguidas de virada para dois dos times de maior rivalidade. Primeiro, foi o Inter, acabando com um tabu de 11 partidas sem vitória colorada no Gre-Nal, e depois o Flamengo em nova reviravolta no placar.
"Estou vendo todos os grandes clubes na nossa frente tendo altos e baixos. E o Grêmio não é diferente. E olha que o Grêmio vinha disputando há pouco tempo a Copa do Brasil, enquanto muitos clubes estão só com o Brasileiro. Isso é normal, ninguém vai começar e terminar o campeonato 100%. É normal ter vacilos, como hoje (ontem) no segundo tempo. E contra uma equipe como o Flamengo não pode. Eles têm jogadores acima da média e se aproveitaram bem dos erros", explicou o técnico Renato Gaúcho.
Dentro desse declínio está o desempenho ruim do Grêmio diante dos adversários que estão à sua frente na tabela. Em nove partidas, foram três derrotas e seis empates. E na sequência contra o G-6 nesta reta final de Brasileirão, foram somados apenas dois pontos em 12 disputados (empates contra Atlético-MG e Palmeiras e derrotas para Flamengo e Internacional)
"Os grandes clubes também tropeçam. A gente joga para ganhar, mas nem sempre é possível. Não importa se não conseguimos as vitórias contra times que não estão brigando pelo título. O importante é que o Grêmio está sempre bem no campeonato", comentou Renato. "Acordamos um pouco tarde e, quando podíamos brigar pelo Brasileiro, vocês viram o que aconteceu no domingo passado no Beira-Rio", complementou, reforçando a reclamação contra a arbitragem do Gre-Nal.
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