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Abel explica choro, dá méritos a Luxemburgo e dedica título até a Gallardo

Abel Ferreira comemora o título da Copa Libertadores pelo Palmeiras - Staff Images/Conmebol
Abel Ferreira comemora o título da Copa Libertadores pelo Palmeiras Imagem: Staff Images/Conmebol

Thiago Ferri

Do UOL, no Rio de Janeiro

30/01/2021 21h19

Abel Ferreira chorou bastante após conquistar a Copa Libertadores, seu primeiro título pelo Palmeiras e também o primeiro de sua carreira como treinador profissional. O português de 42 anos de idade comemorou enrolado com uma bandeira de seu país e fez uma lista de agradecimentos, citando seus jogadores, Vanderlei Luxemburgo e até Marcelo Gallardo, técnico do River Plate (ARG).

Após tirar o time argentino na semifinal, com a vitória por 3 a 0 e a sofrida derrota por 2 a 0 no Allianz Parque, Abel viralizou por uma conversa entusiasmada com Gallardo logo depois da classificação. O técnico disse ao argentino que iria vencer a competição.

"Foi o Vanderlei [Luxemburgo] quem começou esse trabalho. Não escondo, a verdade é essa. Depois de fazer um trabalho, tivemos que resgatar alguns jogadores, mas quem começou o trabalho foi ele e nós todos que fechamos. Muita gente perguntou o que tinha dito ao Gallardo. Eu disse que ia ganhar essa competição e dedicar uma porcentagem a ele, porque seria melhor treinador graças a ele. E ele disse para eu ganhar. Se sou melhor treinador, devo também ao Gallardo", afirmou.

Veja o gol do título do Palmeiras, marcado por Breno Lopes

"Sinceramente, a palavra que mais me passa na cabeça é obrigado. Agradecer a todos os jogadores que eu treinei, de forma muito especial e carinhosa aos do Palmeiras, porque não há bons treinadores sem bons jogadores, bons líderes. Quem começou a caminhada foi o mister Luxemburgo e ele tem trabalho feito na competição. Quando peguei o Palmeiras, estava em todas as competições, há um trabalho dele, também", acrescentou.

Há pouco menos de três meses no Brasil, Abel chorou bastante durante a comemoração do título e voltou a se emocionar na entrevista coletiva. O motivo: a distância da família. Ele diz o trabalho no Palmeiras tem o feito melhorar como treinador, mas piorar como familiar.

"Conquistei muito aqui, mas quantas vezes eu chorei sozinho. Chorei muito e saí do campo para ninguém ver o quanto estava chorando. Muito difícil, sou de família, adoro minhas filhas e esposa e atravessei o Atlântico, acreditando em uma coisa antes de acontecer. Vim para um clube que tenho a certeza que pode me proporcionar títulos. Sou muito melhor treinador hoje, mas sou pior pai, filho, marido, irmão, tio. Infelizmente há sempre algo que temos de sacrificar pela nossa profissão", completou.

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