Apesar do título da Copa Libertadores 2020 conquistado no último sábado (30), o time do Palmeiras acabou criticado por torcedores e imprensa por conta do fraco futebol apresentado na vitória por 1 a 0 sobre o Santos, no Maracanã.
Em seu blog, Milton Neves escreveu, por exemplo, que 'não seria uma surpresa assim tão grande' se o Palmeiras fosse eliminado ainda na semifinal do Mundial, 'a tomar por base a bolinha que jogou contra o Santos'.
O jornalista Mauro Cezar foi outro a criticar o desempenho do Palmeiras, dizendo que o time alviverde foi 'campeão com Cucabol feito com os pés'.
Mas será que o futebol jogado pelo Palmeiras na final foi apenas pontual, ou é motivo de preocupação para o Mundial de Clubes? Fizemos essa pergunta aos colunistas do UOL Esporte. Veja as respostas:
O Palmeiras tem a obsessão do Mundial como arma para se superar. Mas a falta de um tempo de preparação pode pesar, como aconteceu com o River Plate em 2018. O emocional, para variar, é o que deve pesar. O favoritismo na semifinal joga contra sempre. Se passar, na decisão é o contrário: sem responsabilidades, favoritismo absoluto do europeu bilionário. Em termos de desempenho é uma incógnita, com o confronto com o River Plate no radar: será o time organizado e letal de Avellaneda ou o descoordenado do Allianz Parque?
ANDRÉ ROCHA
Futebol não se analisa em 90 min. Final foi o que se imaginava, muito mais entrega e atenção do que técnica e encantamento. Palmeiras tem grupo forte e vai tentar surpreender o Bayern. E futebol adora surpresas.
ANDREI KAMPFF
Em uma final, é normal que aconteça oscilações no nível de jogo. Diversas finais históricas foram mal jogadas. Mas mesmo antes da decisão o nível de futebol estava um pouco abaixo do que foi no começo da era Abel. Para o Mundial, as chances do Palmeiras são de fazer um jogo perfeito.
DANILO LAVIERI
O que preocupa mais é o provável mexicano Tigres pela frente na semifinal. Porque o alemão Bayern não preocupa, é apenas delicioso desafio como já foram o Liverpool, para São Paulo e Flamengo, o Barcelona, para Inter e Santos, e o Chelsea, para o Corinthians. O calor do Rio não estará presente na tórrida Doha, palco da eventual final, porque o estádio é climatizado.
JUCA KFOURI
O Palmeiras de Abel joga cada jogo de um jeito. Os do passado não parecem afetar muito os do futuro. Contra o Bayern, se enfrentar o Bayern, certamente irá se adaptar ao adversário e tentar encontrar espaços para contra ataque. Jogo de outra natureza, nada a ver com o do Maracanã.
JULIO GOMES
Pontual ou não, acredito que será a maneira como enfrentará o Bayern. Bem retrancado. O que preocupa ou deve preocupar é a qualidade técnica do Bayern.
MENON
Não que o Santos tenha ido bem, mas, pelo elenco que tem, o Palmeiras tinha obrigação de ter jogado muito mais na final da Libertadores. Se apresentar essa mesma bolinha no Mundial, será um porquinho indefeso contra o bom Tigres do México.
MILTON NEVES
Não preocupa. Pelo contrário. Deveria tranquilizar o torcedor. O time mostrou frieza, concentração, aplicação tática e grande capacidade de neutralizar as jogadas de um rival forte. Essas características seriam essenciais numa final com o Bayern, se os dois chegarem lá. Mesmo sem mostrar um futebol insinuante, se for eficiente na semifinal como foi contra o Santos, o alviverde deve chegar à decisão.
PERRONE
No primeiro jogo, provavelmente contra o Tigres, creio que veremos um Palmeiras bem mais agressivo e protagonista. Se chegar à final contra o Bayer, será ainda mais retrancado do que foi contra o Santos. Por razões óbvias!
RENATO MAURÍCIO PRADO
O futebol apresentado na final da Libertadores ficou aquém do esperado, mas compreensível tratando-se de uma decisão tão importante. Para o Mundial, o Palmeiras vai precisar se impor e mostrar mais agressividade na semifinal para não ser surpreendido.
RODOLFO RODRIGUES
Sem dúvidas foi um desempenho bem abaixo daquilo que o próprio Palmeiras já mostrou que pode. Creio que fruto de uma estratégia mais conservadora pedida pelo técnico Abel Ferreira. Acho que o time pode muito mais e tem material humano para se comportar de forma diferente em grandes jogos. Provavelmente precisará mostrar isso diante dos adversários no Mundial, e preocupa sim.
RODRIGO COUTINHO
- Leia o blog do Rodrigo Coutinho.
A proposta do Palmeiras é jogar no contra-ataque em velocidade aproveitando falhas dos adversários. Foi exatamente o que fez na final da Libertadores a maior parte do tempo, saindo um pouco mais no segundo tempo. Não vai mudar o estilo para o Mundial, mas pode contra-atacar melhor do que fez na decisão continental. A ver qual o time enfrentará na semifinal e o estilo para saber como se encaixa. Caso se classifique à final, vai certamente ser pressionado em seu campo pelo Bayern de Munique, seu provável adversário.
RODRIGO MATTOS
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