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ANÁLISE

Trajano: "O São Paulo está completamente perdido, é um time sem alma"

Do UOL, em São Paulo

01/02/2021 04h00

O São Paulo começou o ano liderando o Brasileirão e desde então foram seis jogos com dois empates e quatro derrotas, com a de ontem (31) para o Atlético-GO, situação que deixa o time distante da disputa pelo título em meio à sequência de vitórias do atual líder Internacional, que abriu sete pontos para a equipe comandada por Fernando Diniz, que não consegue se reabilitar na competição.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Isabela Labate, Renato Maurício Prado, José Trajano e Menon —, Trajano afirma que o time do São Paulo parece se desfazer durante os jogos e está sem alma, aceitando facilmente os resultados ruins que vem obtendo desde a virada do ano.

"O São Paulo está completamente perdido, é um time sem alma, é um time que parece que entra em campo já derrotado, é um time que joga em banho-maria, é um time morno, é um time que não se empolga, é um time que não vai para o jogo como quem vai atrás de um prato de comida. Se conformou com a mediocridade, o São Paulo se abraçou com a mediocridade e gostou de ficar medíocre, gostou de ficar sem ganhar", afirma Trajano.

O jornalista cita não apenas o técnico Fernando Diniz, mas também alguns jogadores que estavam se destacando no período em que o time virou líder do Brasileirão e que agora estão com o rendimento muito abaixo, em especial jovens como Brenner e Gabriel Sara.

"Jogadores que pintaram em determinado momento como grandes esperanças do futebol brasileiro, estão mostrando que a vida não é bem assim. Por exemplo, o Brenner, que fazia gol a toda hora, não faz gol há anos, o Sara não joga mais nada, desapareceu. Mas eu acho que há muitos problemas. O Vitor Bueno, quando entra, é aquela substituição já programada pelo Fernando Diniz e também é um morto-vivo, Igor Gomes também desapareceu", diz Trajano.

Outro jogador que não tem o rendimento esperado e é criticado por Trajano é Daniel Alves, que segue atuando no meio de campo e sem perder lugar no time de Diniz mesmo com más atuações.

"Os jogadores foram murchando, murchando e murchando, mas um dos grandes responsáveis por esse momento é a presença do Daniel Alves no meio de campo, que ele insiste em colocar o Daniel Alves, que seria, o Daniel Alves foi contratado para ser o mestre do meio de campo, para ser o cérebro do time, para trazer toda aquela experiência vitoriosa, a gente não pode negar a bagagem de títulos que tem o Daniel Alves", diz o jornalista.

"No início até mostrou que podia levar isso adiante, mas de tempos para cá, não só esse ano, quando o São Paulo não ganha de ninguém, o Daniel Alves é um jogador que não contribui em nada, é lento, erra passe, é um jogador que não é chamada a atenção pelo treinador. A sorte do Fernando Diniz e a sorte do próprio Daniel Alves é que os jogos do São Paulo, como todos os jogos, não tem público, porque a torcida já teria derrubado o Fernando Diniz e pedido a cabeça também do Daniel Alves", conclui.