Flu vence o Bahia, quebra tabus e pressiona por vaga direta na Libertadores

Em mais uma boa atuação, o Fluminense venceu o Bahia por 1 a 0, na Fonte Nova, com gol de Luiz Henrique. A vitória fez o Tricolor quebrar dois tabus no Campeonato Brasileiro e se colocar de vez na disputa por uma vaga para a fase de grupos da Libertadores.

Com a vitória, a terceira seguida no Brasileirão, o que não acontecia desde 2016, o Flu chegou a 56 pontos e colocou pressão no São Paulo, quarto colocado com 58, pela vaga direta na Libertadores. O time paulista teve o jogo desta rodada, contra o Palmeiras, adiado. De quebra, o time comandado por Marcão também bateu o Bahia fora de casa pela primeira vez desde 2014.

Os oito pontos de diferença do Tricolor carioca para o Corinthians, oitavo colocado, dão uma certa gordura ao time de Marcão na disputa para voltar à competição continental, que o clube das Laranjeiras não joga desde 2013.

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Fred organiza a equipe e é o melhor em campo

Mesmo jogando menos de 60 minutos após substituição discutível de Marcão, o atacante Fred foi o destaque do Fluminense na Fonte Nova. O camisa 9 organizou a equipe da frente para trás com pivôs curtos, passes precisos e quase deixou o dele em duas cabeçadas — uma que chegou a balançar as redes, anulada, e outra que obrigou Anderson a fazer grande defesa. Experiente, o capitão do Flu foi o melhor em campo em Salvador.

Organizado, Flu começa melhor

Vindo de boa atuação contra o Goiás, o Fluminense começou bem a partida na Fonte Nova. Organizado e equilibrado entre a defesa e o ataque, o time de Marcão tinha muita movimentação de Lucca, Nenê e Luiz Henrique por trás de Fred, que também recuava para criar como um armador. Sem sofrer muito com um engessado Bahia, o Tricolor chegou a balançar a rede com seu camisa 9 aos sete minutos, mas o árbitro de vídeo, acertadamente, anulou o gol por impedimento.

Luiz Henrique abre o placar

À beira do campo, Marcão pedia para os pontas infiltrarem na diagonal e entrarem na área para concluir. Assim, aos 25, Lucca recebeu na meia-lua e mandou para fora após boa jogada de Luiz Henrique pela ponta direita. O susto para os baianos virou placar alterado aos 32. Luiz Henrique, muito bem no jogo, apareceu no meio e abriu para Nenê na esquerda. O camisa 77 cruzou com perfeição para o menino de Xerém completar de primeira para as redes, sem chances para o goleiro Anderson, e colocar o Flu na frente no marcador.

Recuado, Bahia cria pouco

A predominância do Fluminense em campo foi tamanha que o Bahia nem parecia jogar em casa. Recuado, o time dependia de lampejos do bom meia Índio Ramírez e das subidas de Juninho Capixaba pela ponta esquerda. Apagado no jogo, Gilberto foi anulado no primeiro tempo por Nino e Luccas Claro, deixando o Tricolor de Aço engessado em campo. Em todo o primeiro tempo, o time da casa só assustou aos 27, quando Ramírez bateu de fora da área e obrigou Marcos Felipe a se esticar todo para espalmar para escanteio. Além disso, finalizou outra vez somente aos 40, com João Pedro batendo sem perigo para o gol do Tricolor.

Flu quase aumenta com Fred

Controlando o jogo com a vantagem no placar, o Fluminense voltou do intervalo novamente organizado e quase aumentou a vantagem. Em grande jogada, aos 11, Nenê achou Fred em lindo cruzamento, mas o camisa 9 parou em Anderson, responsável por impedir que a cabeçada à queima-roupa balançasse as redes do Bahia na Fonte Nova.

Bahia melhora, e Marcão mexe mal no Flu

O segundo tempo começou com um Bahia mais ofensivo com o atacante Fessin na vaga do meia Daniel. Ocupando o campo de ataque com mais jogadores, o time da casa se tornou mais veloz e começou a incomodar um pouco o Fluminense. Para piorar, sem muita explicação, o técnico Marcão sacou Fred e Luiz Henrique, que eram os melhores em campo, e fez sua equipe ficar sem os jogadores que mais preenchiam a área adversária e seguravam a bola na frente. A mexida ruim fez o Tricolor cair de produção.

Ramírez joga sozinho no Bahia, mas sai chorando

Na má atuação do Bahia na Fonte Nova, o destaque solitário foi o colombiano Índio Ramírez. Habilidoso, o canhoto se mostrou o melhor da equipe em campo e era a maior preocupação da defesa do Flu até sair machucado. Com dores no joelho, o meia foi retirado do gramado chorando, de maca. A situação preocupa o time baiano, já que o jovem de 23 anos é um dos destaques da equipe.

Time da casa pressiona sem criatividade

Após as substituições darem errado, o Fluminense perdeu profundidade, velocidade e retenção de bola no ataque. Com isso, o Bahia, naturalmente, passou a ficar mais com a bola. Apesar de crescer a posse, o time de Dado Cavalcanti tinha pouca velocidade e não incomodava tanto. Sem criatividade, a pressão no campo de ataque não surtia muito efeito.

Marcos Felipe salva no fim

Sem matar o jogo, o Flu parou de criar chances e passou a sofrer pressão do Bahia no abafa. Do jeito que dava, o time de Dado Cavalcanti tentava chegar à área do Tricolor. O empate quase saiu pelo alto. Aos 43, Ernando ganhou no alto e obrigou Marcos Felipe a fazer grande defesa. O milagre, entretanto, viria aos 48: o goleiro conseguiu desviar com a ponta dos dedos uma cabeçada perfeita de Alesson para evitar o gol do Bahia e assegurar a vitória do Fluminense na Fonte Nova.

FICHA TÉCNICA

BAHIA 0 x 1 FLUMINENSE

Data/Hora: 03/02/2021, às 21h30
Local: Arena Fonte Nova - Salvador (BA)
Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza (FIFA - SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (FIFA - SP) e Luiz Alberto Andrini Nogueira (SP)
Árbitro de vídeo: Rodrigo Dalonso Ferreira (SC)

Cartões amarelos: Juninho Capixaba (BAH), Nino (FLU)
Gol: Luiz Henrique (32'/1ºT) (0-1)

BAHIA: Anderson; João Pedro (Zeca) , Ernando, Lucas Fonseca e Juninho Capixaba; Gregore, Ronaldo (Gabriel Novaes) e Daniel (Fessin); Juan Ramírez (Ramon), Thiago (Alesson) e Gilberto. Técnico: Dado Cavalcanti.

FLUMINENSE: Marcos Felipe; Calegari, Nino, Luccas Claro e Egídio; Martinelli (André), Yago Felipe e Nenê (Hudson); Luiz Henrique (Michel Araújo), Fred (Caio Paulista) e Lucca (John Kennedy). Técnico: Marcão.