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Vice do Fla explica ausência de Gerson no STJD e diz: "Caso é de polícia"

Gerson, do Flamengo, disputa bola com Ramírez, do Bahia, em partida do Brasileirão - Alexandre Vidal/Flamengo
Gerson, do Flamengo, disputa bola com Ramírez, do Bahia, em partida do Brasileirão Imagem: Alexandre Vidal/Flamengo

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

03/02/2021 15h33

Rodrigo Dunshee, vice-presidente jurídico do Flamengo, explicou a ausência de Gerson em depoimento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que seria juntado ao inquérito que apura suposta injúria racial de Ramírez, do Bahia.

O rubro-negro apontou intransigência do tribunal, que não levou em conta o pedido de remarcação do jogo de amanhã (4) contra o Vasco, o que, de acordo com o Fla, inviabilizou a presença do camisa 8, assim como de Bruno Henrique e Natan. Os rubro-negros alegaram que o momento não permite desconcentração.

Dunshee destacou que o tema é caso de polícia e que o o relator Mauricio Neves Fonseca quer se sobrepor à disputa do Brasileirão. Ele acrescentou que o auditor está mais apegado ao prazo do que ao torneio em si.

"Se o relator não quer adiar, o problema é dele. Ele acha que o processo é mais importante que o Brasileiro. No âmbito esportivo, poderia haver uma punição aqui ou ali, mas isso não repara o racismo. O Bahia não é nosso inimigo, ele (Ramírez) vai responder no âmbito criminal. A questão é de polícia", disse Dunshee ao UOL Esporte.

O vice-presidente declarou também que o depoimento já prestado por Gerson às autoridades policiais poderia ser anexado ao processo, mas que o auditor não abre mão de seu protagonismo no inquérito:

"Se ele quiser ser mais realista que o rei, o nosso jogo (contra o Vasco) é mais importante".

O colombiano tem depoimento marcado para hoje (3), assim como Mano Menezes, ex-técnico do Tricolor baiano. O STJD irá concluir os trabalhos sem a parte rubro-negra.