Contratado como principal reforço no início da atual temporada, Luan não conseguiu corresponder com a camisa do Corinthians sob o comando de diferentes treinadores e, aos poucos, foi perdendo espaço no time, chegando ao ponto de ter sido preterido por Vagner Mancini na vitória de ontem (3) por 2 a 1 sobre o Ceará, quando o chileno Araos foi o escalado como titular da posição na ausência do equatoriano Cazares.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Luiza Oliveira, Ricardo Perrone, Débora Miranda e Menon —, a situação de Luan é um dos pontos de debate, analisando se ele ainda pode resgatar seu futebol atuando pelo clube paulista e voltar a ser o jogador que ajudou o Grêmio a conquistar uma Libertadores em 2017.
Débora acredita que Luan não conseguiu se encaixar no que planejava Mancini e já recebeu os sinais de que a situação no clube alvinegro não é favorável, embora o treinador já tenha feito elogios ao camisa 7.
"O que está acontecendo com o Luan eu não sei, mas que os sinais são desanimadores para ele, de fato são. Acho que o Mancini fez alguns testes, como por exemplo aquela época em que ele colocou o Davó, ele foi testando peças ali naquele esquema que ele achou que talvez pudessem funcionar e o que eu enxergo é que o Luan, segundo a análise dele, não funcionou. Ele até foi muito carinhoso nas vezes em que falou do Luan, ele elogiou, disse que era um cara muito dedicado", afirma a jornalista.
"Eu acho que ele não entrou no esquema de jogo, não respondeu à altura que ele queria e eu acho que o Mancini está apostando muito no formato, nessa equipe que já está entendendo o que ele quer e está trazendo resultados, ele não é um cara que vai mudar muitas peças, que pensa em fazer grandes alterações. Acho que ele testou, não rolou e não vejo ele apostando muito, querendo fazer grandes ousadias, então acho que poucas chances ali para o Luan retornar", completa.
Perrone compara a situação de Luan à de Matheus Vital e cita a diferença na atitude dos dois jogadores, vendo um esforço maior de Vital, enquanto Luan não demonstra a mesma disposição para retomar o bom futebol que o levou a ser eleito Rei da América em 2017.
"Eu acho que o Luan precisa querer ser resgatado. É legal a gente fazer uma comparação com o Matheus Vital, porque o Mancini quando chega no Corinthians, ele fala para a comissão técnica dele e para a diretoria que ele vai abraçar o Vital e o Luan, ele dá treinos específicos para os dois. O Vital tem altos e baixos, mas se esforça. Ele pediu para o Vital treinar finalização, e ele virou um chuta-chuta, toda hora chutando, mostrou para ele 'quero, eu quero ser titular, eu quero jogar'. O Luan não dá reação nenhuma e é muito grave para o Luan o que aconteceu, ele perder a posição para o Araos, que é um cara que nunca mostrou nada no Corinthians", diz Perrone.
"É até desesperador para o torcedor do Corinthians se ele pensar que os dois jogadores, o Luan e Araos custaram mais de R$ 20 milhões, mais de R$ 40 milhões ali, o Araos foi R$ 23,9 milhões se eu não me engano. É muita grana em dois caras e você não tem dinheiro para os outros jogadores, e eu acho que o Luan é uma aposta que a maioria das pessoas, eu faria, eu contrataria o Luan, ele tinha um histórico de que poderia dar certo, mas o problema é que ele não quer, eu acho que ele está nessa situação porque ele não dá uma resposta como a que o Vital deu, apesar de o Vital ainda precisar melhorar muito", completa.
Também analisando o fator empenho do jogador, Menon faz uma comparação de Luan com outros jogadores que também não entregam dentro de campo o que o torcedor espera pelo que já apresentaram no passado, casos de Alexandre Pato, Paulo Henrique Ganso e Lucas Lima.
"Eu acho que esses jogadores, o Luan, o Pato, o Ganso e agora o Lucas Lima, são jogadores assim que tiveram o seu momento e fica difícil para o torcedor perceber a hora que não dá mais. É igual a relacionamento quando está acabando. Acho que esses jogadores não têm muito mais a dar no futebol", diz Menon.
"Esses jogadores precisavam ter, o Pato, eu acho que até já desistiu da carreira, mas acho que eles precisavam ter um comprometimento maior com o clube e com o futebol, se modificarem um pouco. Não pode ficar do jeito que eles jogam, numa lentidão, não é por ser alto que tem que ser lento desse jeito, como o caso do Luan. Desde 2017 no Grêmio, por quanto tempo o Renato tentou salvar? Não deu certo. O Tiago Nunes não conseguiu, o Mancini não conseguiu. Está muito mais no jogador, numa postura acomodada em relação ao futebol moderno e à própria carreira, não estão tentando se reinventar", conclui.
O Fim de Papo volta a ser apresentado nesta quinta-feira, após os jogos do líder Internacional contra o Athletico-PR e do vice-líder Flamengo no clássico diante do Vasco.
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