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Mundial de Clubes - 2020

Sóbis se apaixonou pelo Tigres, rival do Palmeiras: "nunca vivi algo assim"

Rafael Sóbis foi parceiro de ataque de Gignac no Tigres-MEX - Julio Cesar Aguilar / AF
Rafael Sóbis foi parceiro de ataque de Gignac no Tigres-MEX Imagem: Julio Cesar Aguilar / AF

Marcello De Vico

Do UOL, em Santos (SP)

06/02/2021 04h00

Resumo da notícia

  • Sóbis defendeu o Tigres entre 2015 e 2016 e se apaixonou por clube e torcida
  • Em entrevista ao UOL Esporte em 2020, ele falou sobre a relação com o clube
  • "É difícil medir paixão, mas nunca vivi algo parecido como a torcida do Tigres"
  • Palmeiras e Tigres se enfrentam amanhã, no Catar, pela semifinal do Mundial

Adversário do Palmeiras na semifinal do Mundial de Clubes, o Tigres, do México, tem um lugar cativo no coração de um experiente jogador brasileiro: Rafael Sóbis. Hoje no Cruzeiro, o atacante jogou durante um ano e meio no país da América do Norte, tempo suficiente para se apaixonar pelo clube.

A passagem teve início em 2015, após quatro longos anos de Fluminense, e rendeu grandes momentos: um título nacional e uma quase conquista da Copa Libertadores em 2015 - o Tigres bateu o Inter, time de coração de Sóbis, na semifinal, mas parou no River Plate na decisão. À época, Sóbis foi parceiro de ataque de Gignac, destaque da equipe mexicana na vitória sobre o Ulsan nas quartas de final do Mundial.

"É difícil medir paixão, mas nunca vivi algo parecido como a torcida do Tigres. É a torcida mais apaixonada do México. A gente nunca jogou com menos de 40 mil pessoas. Frio, chuva, sempre lotado, com filas de espera pra ingresso. Foi uma experiência mágica, um país maravilhoso", contou Rafael Sóbis em entrevista exclusiva ao UOL Esporte concedida em maio de 2020.

O atacante foi além: "Eu acho que, de respeito, é a torcida que mais gosta de mim entre todos os [times] que já joguei. Meio incrível, né? Uma coisa louca, em um ano e meio, eu ter ganho tanto respeito assim. É algo espetacular".

Sóbis deixou claro que não se trata de uma comparação com a torcida do Inter ou de outros clubes pelos quais jogou, e tentou explicar a relação que existe entre os mexicanos e o futebol.

Rafael Sóbis e Andrés D'Alessandro em jogo entre Tigres e Internacional, pela semifinal da Libertadores de 2015 - Luiz Munhoz/LatinContent via Getty Images - Luiz Munhoz/LatinContent via Getty Images
Imagem: Luiz Munhoz/LatinContent via Getty Images

"Eu não estou falando que lá seja mais apaixonado. Não dá para medir paixões. É diferente. É uma outra forma de torcer, completamente. No México, não dava pra sair na rua, não dava pra ir pra shopping, porque era aglomeração de torcedores. Era um negócio bem diferente de nós, aqui. Sempre com respeito", acrescentou.

"Lá é uma forma diferente de viver o futebol", disse Sóbis, que apontou, inclusive, a derrota na final da Libertadores como a mais doída na carreira, antes mesmo de qualquer revés pelo clube de coração. "Era um momento único. A gente tinha um time muito bom. Um time mexicano poderia pela primeira vez ser campeão da Libertadores. Foi uma derrota que doeu bastante. Várias derrotas. Toda derrota dói, mas quando é numa final machuca mais".

Palmeiras e Tigres se enfrentam no domingo, às 15h (de Brasília), no estádio Cidade da Educação, no Qatar. Quem levar a melhor, enfrenta na final o vencedor de Bayern de Munique, da Alemanha, e Al Ahly, do Egito.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do que informado anteriormente, Rafael Sobis defende o Cruzeiro atualmente e não o Ceará.