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OPINIÃO

Blogueiros: Hernán Crespo é uma boa opção para os clubes brasileiros?

Hernán Crespo recebe medalha de campeão da Copa Sul-Americana 2020 com o Defensa y Justicia - Marcelo Endelli/Getty Images
Hernán Crespo recebe medalha de campeão da Copa Sul-Americana 2020 com o Defensa y Justicia Imagem: Marcelo Endelli/Getty Images

Do UOL, em Santos (SP)

09/02/2021 12h30

O ex-atacante Hernán Crespo, hoje técnico, está na mira de Santos e São Paulo. O argentino se despediu ontem (8) do Defensa y Justicia, pelo qual foi campeão da Copa Sul-Americana.

Segundo apurou o UOL Esporte, o Santos ainda está com negociações abertas com Crespo, já se preparando para a substituição de Cuca ao final da temporada.

Em contato com a reportagem, porém, o presidente do Defensa y Justicia, Jose Lemme, disse que o técnico deixou o clube para fechar com o São Paulo.

Já o jornalista Arnaldo Ribeiro, comentarista do podcast Posse de Bola, do UOL, afirmou que restam detalhes para que Crespo seja contratado. O clube nega que estejam acertados.

Hernán Crespo é uma boa opção para os clubes brasileiros? Fizemos essa pergunta aos colunistas do UOL Esporte. Veja as respostas:

É aposta, como qualquer outro treinador, brasileiro ou estrangeiro, dentro do nosso contexto complexo. Mais complicado ainda no caso do São Paulo. O mais importante é o clube avaliar se o perfil se encaixa bem nas pretensões do clube e nas características do elenco. Não contratar só porque foi vencedor em outro clube dentro de uma realidade diametralmente oposta - qual pressão por conquistas existe, por exemplo, no Defensa y Justicia?
ANDRÉ ROCHA

O futebol brasileiro vive mais de ciclos do que de convicções. E nesse ciclo a aposta é olhar para alguém de fora do Brasil. Crespo é um técnico em início de carreira, que me parece ter ideias interessantes para se tornar um profissional de destaque.
ANDREI KAMPFF

Como treinador, Crespo ainda não sofreu nenhuma pressão parecida como a que vai sofrer em Santos ou São Paulo. O argentino pode ser uma boa opção para o trabalho, mas duvido que ele terá a calma necessária para desenvolver suas ideias.
DANILO LAVIERI

A busca por Crespo, ainda iniciante na carreira, é a prova de como anda baixa a cotação dos treinadores brasileiros. Por culpa deles mesmos, por culpa do resultadismo que os caracteriza. Parece que agora basta falar uma língua diferente do português para ter preferência. Não se assuste se um Kfouri vier do Líbano deitando falação em árabe na Vila Belmiro de Lula e Pelé.
JUCA KFOURI

Hernán Crespo é uma aposta, principalmente se chegar ao São Paulo, onde até Guardiola não seria certeza de nada. É um treinador jovem, muito elogiado e que acabou de vencer um campeonato. O importante é que não é treinador brasileiro, essa espécie que nada faz para se atualizar.
MENON

Crespo preenche o requisito fundamental para os times que querem passar para a opinião pública que estão fugindo do lugar comum: não é brasileiro. Campeão da Sul-Americana por campeão da Sul-Americana, eu apostaria em Tiago Nunes, que venceu a competição com o Athletico-PR.
MILTON NEVES

Crespo é uma aposta, pois é um técnico jovem com um título na carreira, o da última Copa Sul-Americana. É pouco para ser chamado de grande treinador. É preciso que quem o contrate tenha noção de que é um treinador em desenvolvimento, o que torna maior a tendência de oscilações.
PERRONE

Crespo é uma aposta. Como jogador, o ex-atacante teve uma carreira brilhante. Como técnico, tem pouca experiência, mas vem de um título da Sul-Americana com o pequeno Defensa y Justicia. Creio que os clubes daqui estão atrás dele apenas por isso. Não acredito que conheçam seus métodos de trabalho ou estilo de jogo. Para o São Paulo, que carece de conquistas, acho uma aposta arriscada.
RODOLFO RODRIGUES

Sim! É uma boa opção, mas não deixa de ser uma aposta pela pouca experiência na função. Em termos de capacidade, possui ideias nítidas do que quer e personalidade. Foge do lugar comum da maioria dos técnicos brasileiros. Mas a pergunta correta na minha visão é: os clubes daqui estão preparados para entender os processos de formação de um time?
RODRIGO COUTINHO