São Paulo avança em conversa por Crespo em pacote de R$ 1 milhão por mês
O São Paulo se aproximou de um acordo com Hernán Crespo no mercado da bola. O técnico, que deixou o Defensa y Justicia, da Argentina, ajusta os últimos detalhes para acertar a sua chegada ao Morumbi. As negociações devem ter um desfecho até sexta-feira (12).
Perto de sua mudança para o Brasil, o argentino deve ter um contrato de duas temporadas com o Tricolor paulista. Ele ainda contará com até cinco auxiliares em sua comissão técnica, entre assistentes, preparador físico e preparador de goleiros. O grupo custará ao todo cerca de R$ 1 milhão por mês na mudança para a capital paulista. O valor se dá pela situação cambial. O dólar americano, moeda usada em acordos internacionais, vale R$ 5,38 atualmente.
Em que pese a possibilidade de pagar um salário maior ao futuro técnico, o São Paulo adota uma postura rígida em relação à proposta orçamentária feita em dezembro do ano passado e não pretende estourar os valores previstos por departamento financeiro e Conselho de Administração. A ideia é gastar cerca de R$ 115,2 milhões em salários, contratações e intermediações em 2021.
Santos e seleção do Chile também mostraram interesse na contratação do treinador que se valorizou ao conquistar a Copa Sul-Americana deste ano por um modesto clube argentino. Caberá a Crespo a reconstrução de um time que chegou a sonhar com o título do Brasileirão sob o comando de Fernando Diniz, mas que viveu um mês de janeiro de péssimos resultados, causando a queda do treinador no dia 1º de fevereiro.
Depois de um longo processo seletivo, o clube chegou a ficar entre três treinadores no mercado da bola. Além de Crespo, o espanhol Miguel Ángel Ramírez e e o português Pedro Martins compunham o trio de possibilidades. Contudo, a contratação do atual campeão da Sul-Americana se mostrou mais prática, financeiramente e também em termos de logística. Mesmo que não fosse um alvo prioritário do São Paulo quando a busca por um novo técnico foi iniciada. Os outros dois têm compromissos, enquanto Crespo se desligou do Defensa y Justicia no final de semana.
O espanhol Miguel Ángel Ramírez era o predileto do presidente Julio Casares desde o período eleitoral. Antes mesmo de ser ratificado no cargo, ele já havia procurado o técnico a fim de trazê-lo para o Morumbi. A negociação, contudo, não avançou. Ramírez, então, entrou em acordo verbal com Alessandro Barcellos, presidente do Internacional, e pretende cumpri-lo, assumindo o time gaúcho ao final do Brasileirão.
Nos últimos dias, a diretoria do São Paulo tentou demovê-lo da ideia de se mudar para o Beira-Rio, mas escutou que seria impossível desfazer o combinado com a atual gestão colorada.
Pedro Martins, atualmente no Olympiacos, da Grécia, participou de uma entrevista com o departamento de futebol no fim de semana. Ele conversou com o presidente Julio Casares, o diretor Carlos Belmonte Sobrinho e o coordenador Muricy Ramalho. O português surgiu como um nome interessante para a cúpula após o bate-papo. Contudo, a urgência para a contratação de um técnico no Morumbi foi o que atrapalhou a situação.
O time dirigido pelo lusitano é líder isolado do Campeonato Grego e ainda está vivo na disputa da Liga Europa. Ele sonha em vencer os títulos e pensa em dar um salto rumo ao futebol inglês ao fim da atual temporada europeia. Se topasse um acordo com o São Paulo, teria que chegar ao Brasil no máximo para a disputa do Campeonato Paulista, que se inicia em março deste ano, o que foi descartado pelo comandante durante o bate-papo.
Antes mesmo de chegar ao trio, a diretoria do São Paulo conversou com mais de dez nomes para o cargo. Marcelo Gallardo, André Villas-Boas, Marco Silva, Guillermo Barros Schelotto, Vítor Pereira, Leonardo Jardim, Bruno Lage e Sebastián Beccacece foram alguns da extensa lista de procurados pelo departamento de futebol.
Marcelo Gallardo e André Villas-Boas foram vistos como alvos caros. O argentino, que sonha em deixar o River Plate para defender um time do futebol europeu, quer receber US$ 1 milhão (R$ 5,38 milhões na cotação atual) por mês. O montante, considerado inviável, não inclui a sua comissão técnica. O pacote para a contratação do português é menor, mas ainda assim está fora da realidade do clube. A comissão técnica completa de Villas-Boas está avaliada em R$ 2,5 milhões mensais.
Leonardo Jardim era tratado como outro desejo do futebol são-paulino. O ex-técnico do Monaco, entretanto, descartou uma mudança para o futebol brasileiro neste momento. Ele pretende seguir carreira na Europa e tentará se realocar no mercado da bola do continente a partir de julho.
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