"Maior do mundo", torcida do Al-Ahly já ajudou a derrubar ditadura no Egito
Resumo da notícia
- Al-Ahly, time do Egito, carrega consigo a fama de ter a maior torcida do mundo
- Derrotado pelo Bayern, equipe enfrenta o Palmeiras pelo 3º lugar do Mundial
- Há 10 anos, torcida egípcia foi responsável por derrubar a ditadura do país
Adversário do Palmeiras na disputa do terceiro lugar no Mundial de Clubes, no Qatar, o Al-Ahly, do Egito, carrega consigo a fama de ser dono da "maior torcida do mundo". Ao menos é o que eles dizem. De acordo com o próprio clube, são 60 milhões de aficionados espalhados apenas pelo mundo árabe. O duelo de hoje (11), no estádio Education City, em Doha, começa às 12h (de Brasília).
E o elevado número de fãs não é à toa. Fundado em 1907 e um dos clubes mais tradicionais do planeta, o Al-Ahly é o segundo maior ganhador de títulos internacionais do mundo, atrás apenas do Real Madrid. São 26 taças dos espanhóis contra 21 dos egípcios.
Mais uma prova da tradição do clube, esta é a sexta vez que o Al-Ahly disputa o Mundial, ficando atrás apenas do Auckland City, da Nova Zelândia, que tem nove participações.
Em 2005, 2008 e 2013, os Diabos Vermelhos pararam nas quartas de final e acabaram em quinto lugar. Já em 2006 e 2012, conseguiram avançar até as semifinais e faturaram a terceira colocação.
Ao todo, o time soma seis Supercopas da CAF, quatro Recopas Africanas, uma Copa das Confederações da CAF, um Campeonato Afro-Asiático de Clubes e nove Ligas dos Campeões da Confederação Africana de Futebol (CAF), principal competição do continente. O Al-Ahly também é o maior campeão egípcio com 41 títulos.
Com tanta tradição por lá, a expectativa é que a torcida do Al-Ahly faça mais barulho que a palmeirense, uma vez que os egípcios são a quarta maior comunidade de estrangeiros morando no Qatar, com 300 mil habitantes, atrás apenas da Índia, Bangladesh e Nepal.
Vale lembrar que, por causa das restrições com a pandemia do novo coronavírus, os palcos do Mundial de Clubes só podem receber até 30% da capacidade máxima.
Torcida ajudou a derrubar ditadura no Egito
A força da torcida egípcia pôde ser comprovada há dez anos, quando as organizadas do Al-Ahly e do Zamalek, seu maior rival, ajudaram a derrubar o ditador Hosni Mubarak, estabelecendo, assim, um regime democrático no país africano.
De acordo com o blog do Rafael Reis, as torcidas participaram ativamente das ações de pressão popular que levaram Mubarak a renunciar. Prova disso é que, durante os protestos na praça Tahir, o que não faltavam eram manifestantes trajados com camisas dos dois clubes e equipados com bandeiras, faixas e outros tipos de adereços que remetiam aos times ou às suas organizadas.
"O que se imagina é que as manifestações tenham se aproveitado bastante das redes de comunicação já existentes entre os torcedores, principalmente no começo do movimento, para ganharem força e tomarem as ruas do Cairo", analisa o colunista do UOL Esporte.
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