Tchoca: jovem zagueiro adota apelido do pai e quer reinício no Corinthians

Adotar o apelido é coisa rara no futebol moderno. A supremacia do padrão "nome e sobrenome" faz com que alguns jogadores refutem as alcunhas. O atacante Gustavo Mosquito era um caso no Corinthians, apesar de esclarecer que não tem problema com o apelido. No entanto, no que depender do zagueiro João Pedro, a dúvida nunca vai existir: ele quer ser chamado de Tchoca.

Aos 17 anos, o defensor de 1,93 m de altura decidiu adotar o apelido que herdou do pai em sua cidade natal, Sete Lagoas, em Minas Gerais.

"O apelido do meu pai surgiu na oficina do meu avô. Quando ele era pequeno, um funcionário o apelidou de Tchoquinha. Depois que cresceu, ficou Tchoca. Eu resolvi adotar esse apelido, pois na minha cidade sempre me chamavam de Tchoca devido ao meu pai. Com isso, trazer pra minha realidade hoje seria maravilhoso, pois justamente é diferente e chamaria a atenção", disse João Pedro Tchoca ao UOL Esporte.

O pai do jogador do Corinthians foi goleiro amador e, hoje, acompanha a carreira do filho à distância, "que é como ele pode", explica Tchoca: "Ele me passa alguns conselhos, muito sobre posicionamento e o que um goleiro espera de um defensor. Ele me ajuda evoluir e ter visão de jogo."

O zagueiro chegou ao Timão na categoria sub-17 e é considerado um dos destaques da base. Sua ascensão, porém, foi interrompida por um problema no joelho que teve a recuperação acentuada pela pandemia de Covid-19. Resultado: Tchoca não entra em campo desde outubro de 2019.

"Comecei a sentir dores no joelho e não sabia o porquê. Tive que passar por uma cirurgia de cartilagem para amenizar as dores. Como joelho é muito delicado, eu precisava de seis meses de recuperação. Só que veio a pandemia e atrapalhou demais. A situação de dúvida atrapalhou as atividades da base no clube. Comigo não foi diferente, tive que ter muita paciência e só fiquei 100% após um ano. Agora, sem dores, inicio minha trajetória no sub-20", disse o zagueiro projetando um recomeço na carreira.

Antes do Corinthians, Tchoca passou pela base do Cruzeiro, onde foi campeão mineiro sub-12, e pelo Desportivo Brasil. O defensor fez parte da campanha do vice-campeonato brasileiro do Timão sub-17 em 2019.