Mancini revela incômodo com a quantidade de gols sofridos pelo Corinthians
O técnico Vagner Mancini está insatisfeito com o rendimento do sistema defensivo do Corinthians. Depois de ver sua equipe sofrer apenas um gol entre o fim de novembro e o início de janeiro, o cenário mudou drasticamente nas últimas e o Timão foi vazado onze vezes nas últimas cinco rodadas do Brasileirão. Hoje, logo após a derrota para o Flamengo, no Maracanã, o treinador falou sobre o tema.
"Diminuímos a estatura do time e, com isso, estamos sofrendo nas bolas paradas. As saídas do Jô e do Jemerson fizeram com que a gente passasse a sofrer mais. Não justifica, claro, mas colabora. Nós estamos, de certa forma, pecando em certas coisas, certos detalhes, e estamos tomando muitos gols. Isso me incomoda muito", afirmou o treinador corintiano em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.
Embora tenha reconhecido o mérito do Flamengo na partida no Maracanã, Mancini comentou sobre a polêmica no segundo gol do Rubro-negro. Na ocasião, o VAR precisou analisar a jogada por pouco mais de quatro minutos e gerou insatisfação dos jogadores e membros da comissão técnica do Corinthians.
O treinador do Timão optou em não entrar em polêmicas ao comentar sobre a decisão do VAR ao validar o gol de Gabriel, mas fez questão de cutucar o trabalho do árbitro paranaense Rafael Traci.
"O árbitro não explicou nada em relação ao gol. Ele apenas parou, esperou a efetivação do gol pelo VAR, e a gente tentando entender o que estava acontecendo. Depois da partida, recebi a informação de que a transmissão da TV ficou em dúvida no primeiro e no segundo lance, e eu ainda não consegui ver em uma tela mais ampla. É um lance polêmico, não tenha dúvidas. Tem gente dizendo que foi o pé do Fábio (Santos) que deu o parâmetro para que a linha fosse colocada. O fato é que o VAR está demorando muito a tomar decisões e a gente lamenta. O futebol é um esporte em que a emoção joga junto. Quando você tem que parar o jogo por cinco minutos acaba gerando uma série de fraturas naquele ambiente. Obviamente, atletas, árbitros e auxiliares acabam se enervando e, por isso, o alto número de cartões amarelos", finalizou Mancini.
O Corinthians, agora fora da zona de classificação para a próxima edição da Copa Libertadores, volta a campo na próxima quarta-feira, às 19h (horário de Brasília), para enfrentar o Santos em partida adiada da 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Peixe é um adversário direto do Timão pela vaga no torneio continental.
Confira outros trechos da coletiva de Vagner Mancini:
Sobre estratégia do Corinthians no Maracanã
Acho que a estratégia foi bem montada. A equipe se empenhou demais em cima disso, marcou um pouco mais baixo, tentando tirar o campo de jogo do Flamengo. O ataque deles é veloz e precisa de espaço. Com isso, aumentamos a marcação. Um time compacto que não deu entrada de bola pelo centro do campo, exigindo que o Flamengo jogasse por fora. Enfim, acho que a estratégia foi boa. Acho que faltou um pouco de velocidade na nossa saída e, talvez, ela não tenha sido mais competente em função disso. Faltou velocidade. No empate, tivemos uma jogada que era a tônica do jogo ao encontrar os velocistas da frente. De maneira geral, sempre que você perde dá a impressão de que a estratégia não deu certo, mas muito em cima daquilo que vi no jogo, o Corinthians se empenhou, lutou em igualdades de condições e teve oportunidades na partida.
Sobre os cartões amarelos distribuídos aos jogadores do Corinthians
Eu estava perto. Houve uma intolerância dos atletas em relação à arbitragem do Traci, não só pelos jogadores do Corinthians, mas também do Flamengo. O que gerou insatisfação dos nossos atletas foi ver esses cartões sendo aplicados apenas para nós. O banco do Corinthians reclamou e, em seguida, ele deu amarelo para o Ramiro. O banco do Flamengo agiu dessa forma e, nem por isso, ele fez isso. O que nos incomodou e o que eu ouvi é que foi usado um peso diferente.
Entrar na temporada 2021 contando apenas com os jogadores da base será suficiente para o Corinthians alcançar seus objetivos?
Nós temos limitações no elenco e isso já foi falado. Conto com alguns atletas da base, outros que talvez a gente consiga realizar algum tipo de negociação. Ainda não é momento, mas há essa necessidade. Depende do que vamos ter em termos de fôlego financeiro para pensarmos o que podemos fazer nesse sentido (contratação de reforços).
Não conseguir a vaga na Copa Libertadores seria um fracasso?
De maneira alguma. O objetivo número era sair daquela situação em que nos encontramos. Estamos em nono, pode ser que a gente perca algumas posições ainda nesta rodada, mas temos totais chances ainda. Ficou mais difícil? Ficou, mas a gente acredita. Hoje enfrentamos uma equipe com reais chances de título e fizemos um jogo igual. Temos o Vasco e o Inter e acho que podemos vencer. Todo mundo tem muita dificuldade em vencer as partidas agora no final. Por isso, a gente não pode de maneira alguma achar que tem alguma coisa errada. É focar no que está sendo feito para conquistarmos essa vaga.
Sobre Araos
Uma das funções do treinador é recuperar jogadores. Neste momento, temos Gustavo Mosquito, Léo Natel e Araos vivendo boa fase no clube. A opção da troca é porque o campeonato é muito longo e exige isso. Por isso, vamos fazendo as trocas. No jogo do Santos eu não tenho o Fagner, mas tenho o Michel. Em determinados jogos quero uma equipe alta, aí eu coloco o Jô e o Jemerson. O Araos vem demonstrando uma grande capacidade de romper linhas e a gente tem tentado utilizá-lo dessa forma. Temos que ter jogadores com essa dinâmica para chegar facilmente na frente. Nosso gol saiu assim.
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