Adidas planeja vender Reebok 15 anos após aquisição
A fornecedora de material esportivo Adidas revelou hoje (16) que planeja vender a Reebok, marca que adquiriu em 2006 para competir melhor com a Nike nos Estados Unidos. Após 15 anos e problemas agravados pela pandemia, a marca alemã deve formalizar o processo de venda no próximo mês.
"Reebok e Adidas serão capazes de alcançar seu potencial de crescimento de forma significativamente melhor estando independentes uma da outra", diz em nota o CEO da Adidas, Kasper Rorsted. Nas entrelinhas, o malabarismo discursivo põe a Reebok à venda.
O desmembramento da Reebok é parte do planejamento da Adidas para os próximos cinco anos e deve ser oficializado no dia 10, quando esta marca divulga seus resultados de 2020.
Segundo a revista Forbes publicou em outubro, a venda está definida desde antes da pandemia, mas a emergência pública deve fazer o valor da Reebok despencar. Há cerca de um ano a Adidas avaliava a empresa adquirida em 2 bilhões de euros (R$ 13 bilhões hoje).
A Reebok viveu um 2020 desastroso nas vendas, que caíram 44% no segundo quadrimestre (entre maio e agosto) e depois mais 7% entre setembro e dezembro. Nas contas da Adidas, a empresa agora vale cerca de 842 milhões de euros (quase metade do que valia em 2018).
A Reebok já não fornece material esportivo para nenhum clube de futebol do Campeonato Brasileiro, mas segue como uma das maiores marcas de esporte do mundo. No UFC, por exemplo, tem exclusividade nos materiais usados pelos lutadores desde 2015. Este movimento foi um dos vários esforços da Adidas-Reebok para desafiar a então hegemônica Nike no mercado norte-americano.
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