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Chat de equipe médica de Maradona mostra preocupação com 'parte jurídica'

Diego Maradona morreu em novembro do ano passado - Marcos Brindicci/Getty Images
Diego Maradona morreu em novembro do ano passado Imagem: Marcos Brindicci/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

18/02/2021 10h22

A agência de notícias argentina Télam divulgou trocas de mensagens da equipe médica que cuidou de Diego Maradona antes da morte do ex-jogador, em novembro do ano passado. O chat registrou uma conversa na qual um dos médicos e os enfermeiros mostram preocupação com a "parte jurídica" envolvendo a saúde do argentino pela dificuldade que era ter Maradona como paciente.

De acordo com a publicação, o grupo foi criado para que os enfermeiros da empresa "Medidom" que cuidavam de Maradona fizessem um relatório diário aos seus superiores e aos médicos coordenadores. Os enfermeiros também reportavam qualquer eventualidade que surgisse na casa do ex-jogador.

No dia 19 de novembro pela manhã, o enfermeiro Ricardo Almirón escreveu: "Ontem, o paciente estava de mau humor. Durante a tarde, recusou a atenção dos médicos, clínico e nutricionista. Também ao seu cirurgião Luque. Ele não queria estar com suas filhas. Durante a tarde e à noite, ele continuou descansando. Ele se refere a não ter apetite. Os sinais vitais foram verificados. A medicação foi administrada e estava de bom humor durante a noite".

Já à tarde, o clínico chamado apenas de Pedro - a Télam não divulgou o sobrenome dele - questionou sobre uma possível visita a Maradona, e uma enfermeira aconselhou falar antes com a família do ex-jogador.

"Agendamos para terça ou quarta-feira, sem problemas. A única coisa que temos e, como sugestão, cobrimos a parte jurídica. Deus queira que [Maradona] fique bem no fim de semana e que esteja o melhor possível. Porém, caso ocorra um evento desfavorável, estamos garantidos de que não foi possível realizar o exame ou solicitamos exames complementares por motivos alheios ao nosso controle", declarou.

Na noite do mesmo dia, Pedro foi avisado que Maradona não deixou os enfermeiros verificarem os sinais vitais e declarou: "Ok, vamos deixar anotado".

O coordenador dos enfermeiros, Mariano, falou na sequência: "Sim, registro de hora da recusa anotado. Tudo tem que ter respaldo legal".