A Juventus perdeu por 2 a 1 para o Porto na partida de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões, em Portugal, e teve no gol que abriu o placar com apenas um minuto de jogo, em erro de saída de bola e recuo de Betancur para o goleiro Szczesny — a falha 'virou assistência' para o gol de Taremi.
No Fim de Papo, live pós-rodada de Liga dos Campeões do UOL Esporte, Mauro Cezar Pereira comenta a falha da defesa do time italiano e as comparações que são feitas com a saída de bola do time do São Paulo quando comandado por Fernando Diniz. O jornalista destaca que é necessária a saída de bola com qualidade, mas os times precisam saber o momento em que podem fazer.
"Sempre tem isso, isso aí agora virou moda, saidinha do Diniz. Eu achei que o erro foi maior do Betancur, embora você possa até atribuir uma parte também ao Szczesny, mas, de fato, a dificuldade na saída era muito grande", diz Mauro Cezar.
"Agora, ao mesmo tempo, a gente precisa romper também, essa discussão precisa avançar. Um time de futebol, que se propõe a jogar futebol, a ter a bola, a construir jogadas, ele tem que saber sair jogando. Sabe, quantas vezes um time rifa 30 vezes a bola, devolve para o adversário, e de tanto devolver a bola para o adversário, em algum momento esse adversário pega a bola, constrói uma jogada e faz um gol? Isso pouca gente observa", completa.
Mauro afirma que a saída de jogo com passes desde a defesa para explorar os espaços deixados pela marcação do time adversário é uma evolução do futebol e pode dar resultado desde que bem trabalhada pelos técnicos e suas equipes.
"A questão até do goleiro, que o goleiro hoje tem que ter esse predicado de saber jogar com o pé, isso é a evolução do futebol, é uma coisa natural, então os técnicos têm que saber trabalhar isso, os jogadores têm que se aprimorar nisso e a gente tem que entender que, ao mesmo tempo em que esse tipo de jogada é arriscada em alguns momentos e se volta contra quem a executa, também ele ajuda a construir jogadas que você rompe a marcação, você vai chegar lá na frente e vai, de repente, criar uma situação de gol", pontua o jornalista.
"A questão é o limite e a responsabilidade na minha opinião, você saber a hora de fazer essa jogada e a hora em que você não tem condições de tentar sair jogando, que você deve realmente rifar a bola, porque é um limite, você está no limite ali, não se deve correr um risco tão grande. Eu acho que esse é que é o ponto. Mas a gente vai continuar ouvindo falar da saidinha do Diniz, aqui no Brasil sim, lá fora acho que nem tanto", conclui.
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