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Reserva, Sasha tem melhor média de gols do que concorrentes no Atlético-MG

Eduardo Sasha tem a confiança de Sampaoli, mas não tem a condição absoluta de titularidade no Galo - Alessandra Torres/AGIF
Eduardo Sasha tem a confiança de Sampaoli, mas não tem a condição absoluta de titularidade no Galo Imagem: Alessandra Torres/AGIF

Guilherme Piu e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte e São Paulo

19/02/2021 04h00

Adepto do jogo de posição, prezando por uma equipe agressiva e que encurta espaços desde a defesa até o ataque, Jorge Sampaoli não costuma utilizar um atacante de referência que espera a bola chegar na área. Dentro de sua filosofia, o treinador transformou e modificou a forma de atuar de alguns jogadores com quem trabalhou ao longo da carreira, caso, por exemplo, do atacante Eduardo Sasha, hoje reserva no Atlético-MG, mas que foi uma importante peça do argentino no Santos, em 2019.

Tão adaptado ao estilo do treinador, Sasha, que pelo Peixe fez 14 gols e deu três assistências no ano retrasado, chegou ao Galo em agosto de 2020. Mesmo sem a condição de titular, o jogador apresenta números melhores do que os atletas com os quais concorre por uma posição entre os 11 titulares, como o chileno Eduardo Vargas e Marrony. Esse último também utilizado por Sampaoli em uma posição mais centralizada do ataque.

Sasha, em 34 jogos, balançou as redes nove vezes e possui estatísticas melhores que seus concorrentes. Nos 2.120 minutos em que esteve em campo com a camisa preto e branca, o atacante fez um gol a cada 235,5 minutos. Diferentemente de Vargas, que em 14 jogos marcou duas vezes (esteve 961 minutos em campo), e Marrony, que balançou as redes cinco vezes e jogou 36 partidas (1.316 minutos atuando).

A média de gols de Sasha em relação aos seus "adversários" — na briga por posições — também é maior: 0,26, contra 0,14 de Marrony e Vargas. Isso sem levar em conta os jogadores que possuem o status de titular do setor ofensivo, como Keno e Savarino.

Logo que chegou ao Atlético-MG, Sasha explicou onde tinha preferência de atuar, mostrando que de fato gosta mais de ser o jogador de movimentação na parte ofensiva. "Não sou 9 fixo, gosto bastante de sair da área para buscar o jogo. E, no momento no qual os jogadores do flanco recebem a bola, eu entro na área como elemento surpresa. E até mesmo ficando lá [na área] com a saída dos volantes de trás. É dessa forma que gosto de jogar", analisou.

O último gol do Galo neste Brasileirão, no empate em 1 a 1 com o Bahia, no Mineirão, foi anotado exatamente por Sasha. Tento que, sozinho, não foi capaz de manter as chances de título do Atlético-MG no Brasileirão. Com o resultado diante do Tricolor de Aço, a equipe de Sampaoli ficou matematicamente fora da luta pelo tão sonhado título que não é conquistado há quase 50 anos.

"Credenciado para jogar todos estamos. O Sampaoli escolhe o jogador de acordo com as características para cada partida", ressaltou o atacante no fim do mês passado.

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