Palmeiras: Abel propõe debate e aponta como diminuir calendário no Brasil
Abel Ferreira considerou que o Palmeiras teve um desempenho melhor no empate em 1 a 1 com o São Paulo pois houve um tempo maior de descanso. Depois de trocar dez jogadores entre a derrota para o Coritiba, quarta (17), e o Choque-Rei de ontem (19), o técnico voltou a sugerir um debate para diminuir as datas do calendário do futebol brasileiro.
"Será que é obrigatório um Estadual ter tantas equipes? Não poderia tirar uma ou duas? No Brasileirão, em vez de 20 equipes, não poderia tirar uma ou duas? Será que na Copa do Brasil não se pode fazer, em vez de ida e volta [a final], só um jogo com campo neutro, como na Libertadores? O que isto significa? Valorizar o espetáculo do futebol, os jogadores, a seleção nacional, criando situações para termos jogadores mais frescos", afirmou.
Mais cedo, o vice-presidente da CBF, Francisco Novelatto, ironizou o problema de calendário do Palmeiras: "quem mandou querer ganhar tudo?". Como o Verdão chegou à final de todos os mata-matas que disputou no país e ainda teve de ir ao Qatar jogar o Mundial, a agenda ficou muito apertada.
Entre o jogo contra o Coritiba e o clássico contra o São Paulo, o intervalo foi de apenas 50 horas —Abel diz que, no mínimo, seriam necessárias 72 horas. Por isso, a escalação foi praticamente toda mudada. Apenas Willian foi titular nos dois jogos.
"Se queremos valorizar os jogadores brasileiros e a seleção, temos de dar condições para quando assistirmos aos jogos, a gente veja um bom jogo. Hoje foi um bom jogo, dois times frescos, com jogadores recuperados. A equipe que entrou hoje foi praticamente a que jogou o Mundial. Temos de ter condições para recuperar e proporcionar bons jogos. É preciso todos terem vontade de mudar o que ainda não mudaram há bastante tempo", acrescentou.
A ideia do técnico é que pudesse ocorrer uma discussão com treinadores, dirigentes e até as televisões que detêm os direitos de transmissões dos torneios. No Choque-Rei, o Verdão chegou a 75 partidas na temporada.
"A minha opinião é que é possível fazer mais e melhor pelo jogador, pelo futebol brasileiro. Temos estádios fenomenais, centros de treinamentos fenomenais. Mas temos de dar condições. Hoje vocês veem os treinadores da Europa todos a chorar, porque tem esta densidade competitiva agora. Isto gera lesões, não proporciona um bom espetáculo. Só peço para refletirmos. Talento não há mais do que aqui. Infraesturura temos do melhor, CT, também. Vamos fazer um esforço para melhorar a organização do Estadual, da Copa, para estarmos melhores e valorizar o futebol brasileiro", completou.
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