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Time improvável: Inter que pode ser campeão foi montado de forma ocasional

União do grupo foi fundamental para o Inter ter chance de conquistar o Brasileirão - Ricardo Duarte/Inter
União do grupo foi fundamental para o Inter ter chance de conquistar o Brasileirão Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

21/02/2021 04h00

O Inter pode ser campeão brasileiro neste domingo, basta vencer o Flamengo. E a equipe que entrará em campo às 16h (de Brasília), no Maracanã, não pode ser considerada "planejada". Percalços, crescimentos, idas e vindas e mudanças, fazem com que os 11 iniciais de Abel Braga formem uma equipe construída de forma ocasional.

Dos 11 que começam o jogo contra o Flamengo, por exemplo, apenas três são titulares desde a temporada passada: Marcelo Lomba, Patrick e Edenilson. Cuesta, suspenso, seria o quarto, mas ficará fora.

Moisés foi o único contratado para ser titular. Incerto sobre o rendimento de Uendel, o Colorado buscou no ex-jogador do Bahia uma alternativa de força e velocidade para esquerda. E ainda assim não ostentou posto a temporada toda, tendo ficado para trás e recebido críticas em alguns momentos. Nas demais posições, o início de 2020 ou a chegada ao clube mostravam realidades diferentes.

Rodinei foi contratado por empréstimo, mas não era o predileto. Em seguida, quando o clube conseguiu firmar com Saravia, virou reserva e ficou algum tempo nesta condição. Se o argentino não tivesse se lesionado, provavelmente ainda estaria no banco.

Rodrigo Dourado abriu a temporada ainda fora de atividade. O jogador ficou mais de um ano parado em razão de lesões no joelho direito, que passou por duas cirurgias. Voltou aos poucos já na metade do ano, só retomou titularidade com Abel Braga.

Praxedes e Caio Vidal começaram a temporada jogando — e conquistando — a Copa São Paulo. O primeiro subiu para o principal depois do torneio, o segundo só teve chance já no fim do ano passado, após a chegada de Abel.

Por fim, Yuri Alberto foi contratado como "oportunidade de mercado" e passava longe dos planos iniciais. O dono do comando de ataque era Guerrero, depois virou Galhardo e até mesmo Abel Hernández já esteve na frente do ex-santista.

Boschilia, por exemplo, foi contratado para ser titular e estaria jogando não fosse a lesão que sofreu. Moledo também deveria estar em campo não tivesse sofrido com rompimento de ligamentos do joelho direito. Guerrero no ataque e Saravia na direita também certamente seriam utilizados, não fossem lesões.

Nem mesmo o técnico pode ser considerado "planejado". A ideia da direção que se despediu do comando do Inter no fim de 2020 era seguir com Eduardo Coudet, que tinha vínculo de dois anos. Mas o argentino optou por pedir demissão e hoje comanda o Celta, da Espanha. Abel assumiu em novembro e tem contrato apenas até o fim deste mês, quando acaba o campeonato, que pode ser conquistado hoje com uma vitória.

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