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ANÁLISE

RMP: Clubes como Botafogo e Vasco vão sofrer para voltar à Série A

Do UOL, em São Paulo

22/02/2021 04h00

O Vasco ficou em uma situação na qual é improvável que consiga escapar do rebaixamento para a Série B, se juntando ao Botafogo, que já tem seu descenso confirmado há algumas rodadas, e a segunda divisão do futebol brasileiro na temporada 2021 terá ainda Cruzeiro, Coritiba e Guarani, outros três campeões brasileiros, além de clubes que por muito tempo frequentaram a elite.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com os jornalistas Isabela Labate, Menon, Renato Maurício Prado e Rodrigo Mattos —, Renato Maurício Prado afirma que a situação para os clubes grandes que são rebaixados é mais difícil atualmente e espera dificuldades para que Botafogo e Vasco possam retornar à primeira divisão.

"O Vasco está caindo pela quarta vez em 12 anos, é um rebaixamento a cada três anos, isso é coisa de time pequeno, não é coisa de um time gigante, um clube gigante como é o Vasco da Gama, que o clube é gigante isso é inegável, mas quatro rebaixamentos em 12 anos, olha, não conheço nenhum precedente na história do futebol brasileiro, ainda mais um clube grande como esse. Os clubes que têm vários rebaixamentos geralmente são aqueles times médios, pequenos, que conseguem subir para a Série A e caem no ano seguinte", afirma Renato.

"Todos os grandes clubes exceção feita ao Cruzeiro agora, que eu me lembre, subiram no ano seguinte em que foram rebaixados. Claro, muito auxiliados pela questão de manter a cota de televisão no ano seguinte, como era antigamente, isso fazia com que tivessem orçamentos muito mais robustos e conseguissem fazer times mais fortes do que todos os seus concorrentes na Série B. Isso acabou, o Cruzeiro já não subiu esse ano. Então, a coisa é muito complicada agora e clubes como Botafogo e o próprio Vasco vão sofrer um bocado para voltar para a Série A", completa.

Em relação aos problemas políticos do Vasco, o jornalista lembra que a temporada do Vasco teve como presidente Alexandre Campello, que só chegou ao cargo após uma jogada política de Eurico Miranda, morto em março de 2019, e que o momento acaba sendo mais um legado do antigo dirigente cruzmaltino.

"A eleição do Campello foi o último mal que o Eurico fez ao Vasco, porque ele já estava muito mal de saúde, já se sabia que era difícil ele durar muito, ele próprio sabia disso, mas ele fez questão de dar um último golpe e causar esse mal ao Vasco", diz Renato.

"O Campello, na verdade, não era de corrente nenhuma, ele era na chapa de Julio Brant, que ele se uniu porque não tinha condição de ganhar a eleição, uma coisa toda mal-ajambrada, e aí no conselho o Eurico deu esse golpe e deixou mais esse legado para o Vasco", conclui.