Marcos Braz: "Gabigol não tem nenhum tipo de privilégio comigo"
Ainda no primeiro turno no Campeonato Brasileiro, quando Domènec Torrent estava à frente do Flamengo, Gabigol voltava de lesão e começou a partida no banco de reservas contra o Fortaleza. O atacante foi a campo no segundo tempo, fez o gol da vitória, mas deixou o gramado irritado. Na ocasião, o jogador foi contido pelo vice de futebol Marcos Braz, que revela o que ocorreu à época, além de negar que passe a mão na cabeça do camisa 9.
Em entrevista a Mauro Cezar Pereira, no programa Dividida, do UOL Esporte, o dirigente rubro-negro justifica que a irritação de Gabigol naquele momento era pela necessidade de fazer uma atividade física com outros atletas no gramado, o que o jogador se recusou a realizar, e nega que tenha ocorrido algum outro problema.
"Alguns jogadores iriam fazer o complemento da parte física pós-jogo e, quando ele estava saindo, foram falar que ele iria fazer esse complemento. Isso era para todos os jogadores. Ele falou que estava desconfortável e que não iria, não estava querendo fazer, mas a pessoa insistiu. Foi somente isso, não foi nada demais. E assim, o jogador está ali de cabeça quente, eu já iria falar com ele ali, era o momento difícil, era o momento que o Gabriel estava passando ali", afirma Braz.
"Não era um momento bom dele aqui no Flamengo, é raro isso aqui, mas não foi nada demais, mas não foi mesmo. Eu também não iria mentir aqui, não foi nada demais. Só que eu não vou ficar dando explicação a um monte de coisa que apresentam aqui, apresentam em vários blogs, vários sites, coisas que às vezes não acontecem e que a gente se sente desconfortável de ficar efetivamente mentindo", completa.
O dirigente afirma que tem boa relação com Gabigol, assim como ocorre com outros jogadores do elenco rubro-negro e nega que passe a mão na cabeça e dê algum privilégio ao atacante.
"Falam que eu tenho, que eu passo a mão na cabeça do Gabigol, eu não passo a mão na cabeça do Gabigol. Tenho uma boa relação com o Gabriel e essa boa relação se faz no dia a dia, mas eu não tenho, o Gabriel não tem comigo nenhum tipo de privilégio que os outros não tenham. O Gabriel não tem aqui, o Gabriel é uma pessoa, um jogador que cumpre tudo o que é determinado no dia a dia. Não vejo o Gabriel atrasar, não vejo o Gabriel trazer transtornos aqui internos com a comissão técnica", afirma o dirigente.
"O Gabriel tem o jeito dele, que não é o jeito do Flamengo, que esteja no Flamengo, o jeito dele já era um jeito para trás, e a gente precisa e cada um faz a gestão. Falavam também que eu passava a mão na cabeça do Adriano, sempre falam alguma coisa, mas está bom, Mauro, é o que sobra para falarem de mim em relação à gestão do dia a dia no departamento. Agora, não teve absolutamente nada, o Gabriel não tem nenhum privilégio comigo aqui, a minha relação com os outros jogadores aqui é bem acima da média. O Rafinha era um, o Diego Alves é outro, eu vou enumerar aqui e vou até ser injusto com alguns jogadores aqui. A minha relação com os jogadores é boa, tenho essa facilidade para ir levando e para ir cobrando", conclui.
O Dividida vai ao ar às quintas-feiras, às 14h, sempre com transmissão em vídeo pela home do UOL e no canal do UOL Esporte no YouTube. Você também pode ouvir o Dividida no Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts e Amazon Music.
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