Técnico do Vasco no Carioca foi promessa e jogou com Romário e Edmundo
Enquanto o técnico Marcelo Cabo não faz sua estreia, cabe a Diogo Siston a missão de conduzir o Vasco no início do Campeonato Carioca. Campeão da Copa do Brasil, da Supercopa do Brasil e do Campeonato Estadual com o sub-20 na última temporada, o treinador de 40 anos já foi uma promessa do clube e atuou ao lado de ninguém menos do que Romário e Edmundo.
Revelado nas categorias de base cruz-maltina, Siston subiu ao profissional justamente naquele "esquadrão" de 2000, campeão brasileiro e da Copa Mercosul. Meia canhoto e habilidoso, gerou expectativa em São Januário, mas a forte concorrência num time recheado de estrelas fez com que ele tivesse poucas oportunidades e não vingasse em seu clube do coração.
Na sequência, acabou se transferindo para Israel e, na sequência, atuou por três temporadas em Portugal e também na Grécia. Voltou em 2011 para jogar por Macaé e depois Olaria e, em 2013, atuou por seu último clube, o Rio Claro (SP), para depois investir na carreira de treinador, onde trabalhou por um bom tempo na escola de futebol do Barcelona (ESP).
"Parei de jogar profissionalmente em 2013 e, desde lá, venho buscando conhecimento. Em 2014 comecei a trabalhar na Escola do Barcelona, onde aprendi muito sobre os conceitos do futebol moderno e da metodologia do clube. E simultaneamente, comecei a cursar a universidade de Educação Física, onde me formei em quatro anos. Fiz curso de treinador aqui no Brasil e até nos Estados Unidos, pois havia uma possibilidade de trabalhar em um time da MLS e a licença de lá era exigida", se recordou ao UOL Esporte.
Na última quinta-feira (4), comandando uma equipe apenas com jogadores sub-20, Siston estreou no Campeonato Carioca com uma derrota por 1 a 0 para a Portuguesa, em São Januário. Conhecedor do clube, ele disse entender as cobranças e as angústias do torcedor após o quarto rebaixamento à Série B do Brasileiro.
"Vim para o Vasco com 9 anos, no futsal, e eu tinha outras opções de clubes. Vim para o Vasco por escolha, por ser Vasco. Entendo o lado da torcida. A torcida acaba sendo impaciente porque ela quer voltar a ver o verdadeiro do Vasco. E eu tenho certeza de que essa diretoria vai fazer um resgate com o apoio da torcida. Eu encaro a crítica da torcida como algo para melhorar o meu trabalho. Vivi isso como jogador, eu era uma esperança, e a torcida esperava mais de mim. Entendo isso perfeitamente, é algo que vem para somar ao meu trabalho", avaliou após o jogo.
A relação intensa com o Vasco, inclusive, fez com que sua comemoração no título da Supercopa do Brasil fosse tímida. Isso porque, horas antes, o profissional havia empatado em 0 a 0 com o Corinthians e sacramentava seu rebaixamento virtual.
"Fomos campeões da Supercopa do Brasil sub-20, houve um momento de euforia, a gente sabe o quanto é difícil ser campeão, mas logo depois me caiu a ficha porque também senti o que aconteceu com o clube no domingo", lembrou.
Hoje (6), Siston novamente estará à beira do comandando o Vasco, outra vez com uma equipe sub-20, no duelo com o Volta Redonda, na "Cidade do Aço", às 21h05, em jogo válido pela segunda rodada da Taça Guanabara.
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