Com números cada vez mais alarmantes, o Brasil passa atualmente por seu período mais crítico na pandemia de covid-19. O aumento de casos e mortes pela doença reabriu a discussão sobre a paralisação dos torneios de futebol no país.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte —com os jornalistas Isabela Labate, Alícia Klein, José Trajano e Ricardo Perrone —, colocou-se em pauta se deveria haver uma nova interrupção dos campeonatos pelo Brasil, e o que a CBF e as federações poderiam fazer diante do atual cenário da pandemia.
O ponto de partida da análise foi a decisão da Conmebol de adiar os jogos das eliminatórias da Copa-2022 programados para março. Por outro lado, torneios como a Libertadores e os campeonatos nacionais (e também estaduais, no caso do Brasil), continuam com seus calendários sem alterações.
Trajano defende a paralisação do futebol. "Tinha que parar. A CBF calhordamente se omite. O técnico da seleção brasileira foge de declarações. Diante desse quadro terrível, tem que arranjar uma solução melhor. Vamos fazer uma seleção de jogadores que se destacam aqui", sugeriu.
"A opção mais importante era ter maior consciência. O certo seria suspender tudo por um bom tempo. Os dirigentes poderiam ter pensado nisso antes, já que a pandemia está aí desde o ano passado. Alternativas existem", disse Perrone. "Já que não vai parar, você poderia usar os garotos daqui, mas seria difícil organizar. Todo mundo toparia fazer isso [nas eliminatórias da Copa-22]?"
Para Klein, não faz sentido querer disputar as eliminatórias da Copa-22 agora e fazer questão de contar com os jogadores que atuam na Europa. "Eles estão vivendo em uma bolha, testados a cada dois dias. É um sacrifício liberar o pessoal para vir aqui, onde a pandemia está fora de controle. Não estamos numa situação ideal. Vivemos no pior cenário possível. Se o futebol não vai parar, tem que se fazer concessões. Rodar o país inteiro é uma coisa insana", comentou.
"Não existe chance de parar [os campeonatos no Brasil]. Se houver alguma decisão mais formal do Ministério Público, vão acatar, mas a posição hoje é essa: não tem como parar. Precisam entregar todos os jogos que a TV contratou. Já ouvi de cartola e médico que o futebol é o ambiente mais seguro. Não é todo mundo como atleta saudável. Não se pode pensar só nos caras correndo. Tem famílias em volta. É muito egoísmo. O futebol parece ser um mundo paralelo. Ninguém se preocupa", criticou Perrone.
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