'Lisca fez afirmação em momento dramático', diz secretário-geral da CBF
O secretário-geral da CBF, Walter Feldman, disse hoje em uma reunião aberta da instituição que o técnico Lisca, do América-MG, fez desabafo em um momento dramático.
Feldman disse que respeita a manifestação do treinador, que não há um brasileiro que não esteja preocupado com a pandemia e que alguns fazem manifestações mais emocionados.
"Respeitamos profundamente, não há um brasileiro que não esteja preocupado com a saúde. Alguns manifestam de maneira mais emocional. É o caso do Lisca. Nós respeitamos, mas vocês devem ter observado, o Lisca fez aquela afirmação em um momento dramático. Depois, ele não fez nenhum outro depoimento", disse Feldman.
"Sabemos através da direção do América-MG de que o Lisca entendeu que aquele momento ele precisava manifestar, mas não é uma manifestação de caráter político, administrativo ou do recuo daquilo que vem sendo feito até agora. Respeitamos as manifestações, estamos abertos a dialogar e que existe o contraponto. O futebol pode dar grande contribuição a saúde pública em nosso país", afirmou.
Fala de Lisca
O técnico Lisca, do América-MG, voltou a criticar o seguimento das competições nacionais durante o aumento de casos de covid-19 no Brasil. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o comandante destacou que a "ciência diz que precisa dar uma segurada".
Preocupado com o "potencial de transmissão da Copa do Brasil", Lisca defendeu a realização, neste momento, apenas dos Campeonatos Estaduais.
"O repórter me perguntou como eu me sentia com mais três casos de covid-19 na minha equipe, dez no total, inclusive com cinco reinfecções. As pessoas não estão se dando conta disso. E tu conhece a realidade do futebol. O que aparece para nós é 1%. Na Copa do Brasil, tem clubes que não têm condições de fretar avião, deixar os jogadores em ala separada no hotel, seguir os protocolos", falou Lisca.
O técnico deixou claro que não quer "parar o futebol", mas sim postergar competições que envolvam grandes deslocamentos.
"As pessoas falam que precisam de entretenimento, precisam do futebol. É questionável, mas tudo bem. Se é para fazer, vamos fazer só os estaduais, com mais controle, mais isolamento, sem contato. Meu medo é o potencial de transmissão da Copa do Brasil. Imagina uma delegação do Rio Grande do Sul ir para Manaus, Roraima, Minas Gerais. Tem que passar por aeroporto, fazer escalas. Esse vírus passa muito mais rápido, propaga mais, mata mais", exemplificou o comandante.
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