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ANÁLISE

Rafael Oliveira: PSG não marcou bem e nem conseguiu incomodar o Barcelona

Do UOL, em São Paulo

10/03/2021 21h33

O Paris Saint-Germain havia goleado o Barcelona na primeira partida do confronto por 4 a 1 e abdicou da posse de bola no jogo de hoje, com a marca de apenas 27%, mas conseguiu o empate em 1 a 1 e a classificação para as quartas de final da Liga dos Campeões mesmo assim, em um jogo no qual a equipe catalã finalizou três vezes mais, mas desperdiçou muitas chances principalmente no primeiro tempo, inclusive um pênalti cobrado por Lionel Messi que o goleiro Navas defendeu.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte com Julio Gomes, Mauro Cezar Pereira e Rafael Oliveira, um dos destaques é a atuação do time francês, desfalcado novamente de Neymar, que conseguiu um gol em cobrança de pênalti de Mbappé, mas correu muitos riscos, apesar do resultado final com o empate no placar.

Rafael afirma que a questão principal não foi a estratégia de jogar sem a bola, mas o fato de o time tê-la executado mal, salvo em alguns momentos por Mbappé.

"O problema não foi não nem não ter a posse de bola, eu acho que o jogo do PSG poderia tranquilamente passar por não ter a bola, por castigar no momento em que recuperasse a bola, eu não vejo problema em o PSG se adaptar a um Barcelona que vai se expor, que vai ficar com a bola no campo de ataque. A questão é que o PSG nem marcou bem e nem conseguiu incomodar com a frequência que gostaria", afirma o jornalista.

"Foi uma partida muito ruim sim do PSG, acho que foi decepcionante do ponto de vista de estratégia e até pelo que a gente tinha visto na primeira partida, se a gente for comparar o funcionamento do meio-campo do PSG foi muito diferente, na ida Paredes e Verratti tinham feito partidaça e dessa vez nada disso um posicionamento um pouco diferente", completa.

Em um jogo no qual a equipe dirigida por Ronald Koeman foi escalada com três zagueiros buscando uma melhor saída de bola e atacar para se recuperar da desvantagem do primeiro jogo, a formação do time de Pochettino não atrapalhou como poderia.

"A ideia do Draxler no primeiro momento ajudando a fechar uma segunda linha com quatro e depois ficando aberto de um lado com o Mbappé fechando pelo outro, mas de uma forma ou de outra, o PSG não conseguia incomodar a saída dos três zagueiros do Barcelona, não conseguia parar a efetividade das subidas dos dois alas do Barcelona e não conseguia parar o espaço que os dois meias do Barcelona exploravam, Messi e Griezmann, à frente de Pedri e Busquets", explica Rafael.

O jornalista afirma que a forma com a qual a equipe francesa atuou poderia ter custado até a eliminação diante do Barcelona e serve de alerta para a sequência da competição.

"Foi uma partida péssima não por causa da posse de bola, mas por não ter jogado bem, fosse a estratégia que o PSG escolhesse, poderia ter jogado bem com 29% de posse de bola, mas não jogou, poderia ter sido um time mais capaz de castigar e aí acho sim que o confronto poderia ter ficado muito mais perigoso, o Barcelona no primeiro tempo poderia ter feito dois, três e eventualmente teria se classificado até, quem sabe, mas acho que isso é importante como alerta para o PSG", conclui.