Presidente do Palmeiras tem dúvidas sobre levar o Paulistão a outro estado
Diante do risco de paralisação do Campeonato Paulista a partir da semana que vem por conta da pandemia do novo coronavírus, há a discussão de levar o Estadual a outro local para que a competição não pare. Maurício Galiotte, presidente do Palmeiras, tem dúvidas se esta é a melhor decisão.
"Falam que futebol tem protocolos e cuidados maiores. Isto é verdade, convivo na Academia de Futebol, fazemos exame de PCR dia sim e dia não. Identificamos alguém com covid muito mais rápido e isolamos. Os riscos são mais controlados, é fato. Agora, estamos dentro da sociedade, o futebol embora esteja isolado para treinar, as pessoas saem da Academia de Futebol. Temos de refletir em qual a situação em cada local. Não podemos entrar em guerra política, temos de pensar no nosso papel e nossa responsabilidade. Tudo precisa ser analisado com muito critério. Com muito cuidado, quais os riscos", disse Galiotte, à TNT Sports.
"É possível ter jogo em outro local? É seguro? Tem viagem, local para ficar. Tem uma logística, não é simples. O problema de covid não é em só um local, estamos vivendo uma crise em vários estados. Temos de ter muita análise, muita avaliação e não precipitar", acrescentou.
A Federação Paulista de Futebol chegou a consultar o governo do Rio de Janeiro depois de João Doria (PSDB) anunciar que o Estadual teria de parar entre os dias 15 e 30 de março. Por conta do aumento de casos de covid-19, o Rio respondeu que não seria possível hospedar o torneio.
Como o UOL Esporte revelou hoje (12), diante desta recusa, a FPF entrou em contato com a Federação Mineira, que se mostrou disposta a receber o Paulistão. Na segunda (15), haverá uma nova reunião com o governo de São Paulo para tentar evitar a pausa do Estadual — a ideia é manter as datas e encerrar a competição no dia 23 de maio, como previsto.
O Palmeiras, assim como aconteceu no ano passado, reforça que irá seguir aquilo que os órgãos de saúde decidirem.
"É um tema sensível, que a gente precisa tomar cuidado. Não podemos nos precipitar nas decisões, falei isso ao presidente da Federação Paulista [Reinaldo Carneiro Bastos]. O Palmeiras acredita ser um assunto técnico, em que temos de respeitar as orientações das organizações de saúde competentes. Estamos tratando com vidas", concluiu.
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